Conexões 09 | Neigmar Vieira bate-papo com Ingrid Richter da banda Punkake

Para a Sexta entrevista da seção Conexões, o nosso parceiro Neigmar Vieira do Lado A Discos fez agora uma entrevista com a baixista da banda curitibana PUNKAKE, Ingrid Richter.
Leia também a entrevista com a vocalista Bacabí.

Foto: MM Fotografia - Guilherme Marinelli e
Cintia Leite Massuda
Nei: 1 - Como e quando você entrou para a Punkake?
Ingrid: Conheci a Lucy Peart (baterista da Punkake) em 2005, quando estava fazendo testes de bateristas para a minha outra banda. Três anos depois a Punkake estava procurando uma baixista. A Lucy veio me perguntar se eu conhecia alguém e eu respondi “Não conheço, mas eu tenho um baixo!! Rssss”. Fiz o teste e passei. Antes de mim as meninas tinham feito teste com 10 outros baixistas.

Nei: 2 - Vi que você começou como guitarrista. Como foi a transição para o baixo?
Ingrid: Sempre gostei muito do som desse instrumento. A primeira banda na qual toquei baixo foi uma banda cover de Elvis com o Oil Man!! Hehehe. Era uma brincadeira, mas ali eu comecei a despertar o meu interesse. Logo em seguida apareceu a oportunidade de entrar na Punkake e foi então que  tive a certeza que o meu instrumento era o baixo.


Nei: 3 - Quais baixistas te influenciaram?
Ingrid: Tenho inúmeras influências, às vezes gosto muito de apenas uma música de um determinado baixista e ela me serve de influência. Mas os principais são:
- Christopher Wolstenholme – Banda Muse;
- Paul Turner – Banda Jamiroquai;
- Paul McCartney;
- Louis Johnson – Trabalhou com inúmeros artistas, inclusive Michael Jackson no qual tem as minhas linhas prediletas.

Nei: 4 - Percebo que você é uma baixista com uma linha de baixo bem marcante. Como você as desenvolve?
Ingrid: Não tenho nenhuma regra e ordem de como desenvolver as minhas composições. A arte sai naturalmente, normalmente após ouvir músicas que me empolgam, num momento de ócio, ou numa jam com meus colegas músicos.
Acredito que elas saiam marcantes pelas próprias influências que tenho. Gosto de um baixo bem trabalhado e dançante. Ele é que faz o balanço da música, precisa ter movimento.
Na maioria das vezes não é de primeira que sai. Deve ser trabalhado por dias e modificado até tomar o corpo que desejo.
Mas claro que depende muito do estilo em que se está tocando. Temos que respeitar o que a música pede. No caso da Punkake as composições dão bastante liberdade para que eu possa desenvolver um baixo assim.
Foto: Salomao Adorno

Nei: 5 - Você é graduada em Publicidade e Propaganda, quando que você sentiu que a música era uma possibilidade?
Ingrid: Meu amor pela música veio muito antes da publicidade. Tive minha primeira banda na época do colégio. A publicidade é que veio depois.

Nei: 6 - Como o seu conhecimento em publicidade a ajuda na carreira de baixista?
Ingrid: Me ajuda em como divulgar o meu trabalho. Na importância de uma boa publicidade. E como tratar bem e se comunicar com o meu público.