21ª Feira do Vinil no Canal da Música

No dia 11 de março aconteceu a 21ª Feira do Vinil no Canal da Música.
Nessa edição, além da feira do vinil, aconteceram a feira gastronômica, exposição de carrinhos de Street Sled, Planetário, além de vários shows de bandas da capital.
Foram 54 expositores do Paraná, Santa Catarina e São Paulo que comercializam cerca de 35 mil títulos. Alguns velhos conhecidos e outros vendedores novos, ambos trouxeram um material bem diversificado para feira.

Fotos: Diego Kloss
Novamente fui somente no período da tarde e não consegui visitar a grande maioria dos expositores.
Dessa vez, fiquei bem assustado com os preços praticados por alguns vendedores, mas isso com certeza já refletiu nas vendas, afinal a feira estava bem tranquila e pouco movimentada.
Na verdade, o pessoal reclamou bastante dos preços e dessa vez eu não consegui comprar muita coisa. O boom do vinil fez com que alguns vendedores perdessem a noção e super valorizassem alguns álbuns.
O ponto alto, além da participação do Kid Vinil, foi a presença do seu Didi, o pipoqueiro do Cefet ou UTFPR. Na época que estudei lá, entre 2006 e 2010, eu ia lá quase todo intervalo comprar uma pipoca e conversar com seu Didi. Uma vez ele fez uma exposição dos discos da colação no pátio do Cefet e descobri que ele tem uma acervo de mais de 12 mil LPs.

Foto: Fábio - Magic Bus
Na feira conversei um pouco com ele:
Didi: - Oi seu menino.
Eu: - Oi seu Didi quanto tempo...
Didi: Pois é... Você estudou no Cefet né. Tou meio afastado para cuidar da saúde.
Eu: Isso mesmo seu Didi tem que cuidar mesmo. E a coleção seu Didi.
Didi: Menino, tenho 12 mil discos e não escuto nenhum.
Eu: Porquê seu Didi?
Didi: Tenho pena de gastá-los (risos).
Eu: Que bom que o senhor tá na feira.
Didi: Vim olhar o preço dos discos, ver como está. Numa dessas eu preciso vender os meus, preciso saber os preços.
[...]
Voltando a falar da feira, muitos frequentadores e vendedores também reclamaram bastante da sonorização. O ambiente é amplo e possui muita reverberação e o som se espalha com facilidade, por isso não há necessidade de manter o volume alto. Além disso, apesar de gosto musical ser algo extremamente pessoal, os DJs deveriam diversificar os gêneros, tocando músicas melhores e mais conhecidas do grande público. Em alguns momentos, algumas músicas cansam os ouvidos e aliados ao volume estridente, prejudicam a audição das conversas e negociações.
Acredito que o som deva ficar na parte externa, no estacionamento e os DJ´s devam tocar nos intervalos das bandas. Assim, para quem quer apenas garimpar, negociar e comprar discos fica na parte interna sem nenhum barulho estridente. A sonorização sempre fez parte da feira e tem o intuito de divulgar o trabalho dos DJs e dar um clima ao ambiente, mas no volume, equalização e ambiente certos.


Nessa feira consolidei uma boa parceria: o Rômulo da Luvnyl, tivemos uma boa conversa e em breve teremos novidades. Também recebi um presnete no nosso antigo parceiro Neigmar da LadoA Discos: um livro das entrevistas publicadas aqui no blog na seção Conexões.


Enfim, como eu sempre digo, a Feira do Vinil já não é somente um espaço para fazer negócios, mas sim para encontrar os amigos, ter boas conversas sobre música e o mundo do vinil, além de possibilitar o contato com uma variedade de gêneros musicais e estilos. Não se trata mais de uma feira só de vinil, mais de um grande encontro cultural




Aproveito também para parabenizar a equipe pela organização e empenho para a realização da Feira no Canal da Música.

Vamos as aquisições, comparado a outras feiras foi bem moderada.


  • Back to Black - Amy Winehouse
  • Greatest Hits - Al Green
  • Vol II - Led Zeppelin
  • Cocoon - Trilha Sonora 
  • Paris, Texas - Trilha Sonora
  • Cocktail - Trilha Sonora