6º Feira do Vinil no Canal da Música

Hoje vou fazer uma análise um pouco diferente sobre a Feira do Vinil no Canal da Música, afinal desta vez eu patrocinei o evento. Primeiro vou falar como comprador e assíduo frequentador da feira, comparando e analisando o que o público encontrava na feira. Num segundo momento, vou adentrar o mundo dos lojistas e vendedores tanto de Curitiba quanto de São Paulo e Santa Catarina, tentando abranger diversas opiniões sobre a feira. Lembrando que essas opiniões de forma alguma expressam a opinião do autor. Assim sendo, o objetivo desse artigo é levantar questões para possíveis melhorias para as próximas edições do evento. A próxima provavelmente será em março de 2013.
Como comprador e assíduo frequentador da feira, posso dizer que apesar da restrição no número de mesas por expositor, a feira tinha material diversificado indo de Dance Music a Reggae, e quem estava atrás de vinis bons com preços mais acessíveis com certeza saiu satisfeito.
No meu caso, encontrei vários vinis que estava procurando e consegui negociar vinis importados como Back in Black e Highway To Hell do ACDC e também de You Can't Stop Rock 'n' Roll do Twister Sister e uma coletânea da Polydor de James Brown. Além disso, comprei ainda Pronounced 'Lĕh-'nérd 'Skin-'nérd do Lynyrd Skynyrd, Unplugged do Eric Clapton e o Greatest Hits do Whitesnake. Alguns disseram que o material estava de certo modo repetitivo, ou seja, que os expositores tinham muito do mesmo, mas na minha visão a quantidade e a diversidade dos vinis estava excelente, tanto no que se refere a qualidade quanto a preço.


Como patrocinador do evento tenho que ressaltar alguns aspectos positivos e outros negativos.
A feira serviu como meio de divulgação desse site e aumentando o número de acessos e também o meus contatos, de forma que através de conversas com os lojistas eu pude explanar um pouco do propósito do devoltaparaovinil que é compartilhar informações a respeito do mercado do vinil e também o universo dos colecionadores. Outro aspecto importante também, no meu caso, é que os frequentadores da feira também tomaram conhecimento do site e certamente pensaram "vou dar um olhada".
Além da venda de vinis, a presença de DJ´s tocando diversos gêneros de música deixaria o evento ainda mais interessante. Porém, dentro de uma feira de vinil o DJ tem que executar de tudo em seu playlist, não deixando seu gosto pessoal influenciar totalmente na escolha dos vinis. Claro que nem sempre é possível agradar à todos, mas se o DJ executar um repertório bem variado certamente conseguirá alcançar um maior número de pessoas. Muitas vezes, dependendo da música que está sendo executada, o comprador vai até o lojista perguntar se ele tem o álbum da música que está sendo tocada.
Nesse segundo momento, vou falar como patrocinador do evento, destacando opiniões dos lojistas.
O cartaz é o veículo de divulgação do evento, se bem resolvido e atrativo ele pode atingir um público mais amplo. A pressa e o uso do mesmo cartaz da feira anterior não criou esse efeito atrativo, sendo que algumas pessoas nem olharam o cartaz. Além disso, deveria haver uma melhor distribuição do nome dos patrocinadores ficando a parte branca um pouco maior. As logos ficaram muito pequenas e em alguns casos até ilegíveis, e para os patrocinadores é fundamental que o público-alvo, mesmo que não presente na feira, conheça sua loja física ou virtual, ou site.
Outro aspecto importante é que dentro de uma feira de vinis existem diversos tipos de público: colecionadores, amantes de vinil, revendedores, entre outros. Cada um possui um poder aquisitivo, um gosto pessoal e até mesmo procura um determinado tipo de vinil.
Nesse ínterim, temos quatro tipos de expositores na feira: lojistas, vendedores virtuais, revendedores e donos de sites relacionados. Cada um tem condições de oferecer um tipo de material e estabelecer um preço para seu produto e por isso, muitas vezes, vemos uma grande diferença de preço para um mesmo vinil. É óbvio que o preço de lojistas é um pouco mais alto, devido a existência de uma loja física que possuiu um custo de manutenção, além disso, eles dependem exclusivamente da venda dos vinis. No caso dos vendedores virtuais e revendedores não existe o custo com a manutenção de uma loja e em alguns casos,  não dependem exclusivamente da venda dos vinis, isto é, vendem vinis apenas para complementar a renda. Para os lojistas e vendedores de vinis de outros estados ainda tem o custo da viagem e hospedagem aqui em Curitiba.


A diversidade de preços, tanto para vinis importados quanto nacionais, faz com que o público procure evidentemente os mais em conta. Porém, temos que lembrar que nem sempre o vinil mais barato está com boa qualidade. No meu caso prefiro pagar um pouco mais por um vinil melhor, do que comprar de promoção, por exemplo.
O que temos que entender com relação à venda dentro de uma feira é que tanto lojistas, vendedores e revendedores não irão vender quantias exorbitantes de vinis, mesmo por que a compra depende dos fatores já citados acima. A Feira deve ser vista como forma de propaganda, isto é, o público compra na feira e depois volta na loja física ou virtual através do contato. Por isso, para atrair mais clientes é necessário sim fazer promoções, dar descontos e oferecer brindes, usar a boa e velha jogada de marketing.
Enfim, a Feira do Vinil do Canal da Música é uma mistura de diversos tipos de cultura e integra e aproxima um público diversificado com lojas físicas e virtuais de Curitiba e de outros estados. Problemas, críticas, opiniões diversas sempre surgem, temos que aprender a ouvi-las e tentar melhorar e atrair cada vez mais público para as próximas edições da feira.
Confira mais algumas fotos:

















Fotos: Canal da Música