Seguimos com a Décima Quarta entrevista da seção Conexões, com o nosso parceiro Neigmar Vieira, entrevistando o vocalista da Sex Psych Love, Mano Seixas.
Nei: 1 - Como surgiu o seu interesse pela música?
Mano Seixas: Meio estranho pensar nisso, mas a primeira vez que a música mexeu comigo foi assistindo ao Programa “Som Brasil” com o grande Rolando Boldrin.... Lembro que passava na Globo no domingo pela manhã, logo após o “Concertos para a Juventude”.... Ainda hoje, nutro grande admiração pelo Boldrin... Inclusive tenho alguns vinis dele no meio de minha coleção (o que geralmente surpreende meus amigos e familiares).....
Já a primeira faísca relacionada a rock foi com o seriado dos Monkees... Lembro que “tocava” guitarra com uma vassoura-de-palha e tentava imitá-los sem o menor pudor....
Sobre como pintou a primeira banda..... Amigos de infância (os melhores que qualquer um de nós pode querer)..... Cada um comprando um instrumento e praticando sem dó e nem piedade na garagem do “Seu” Joaquim.... Pelo menos pose já tínhamos..... Pena que não seguimos adiante..... A banda tinha muito futuro... (risos).
Nei: 2 - E a Sex Psych Love como começou?
Mano Seixas: Eu e o James Douglas já havíamos tocado juntos nos anos 90.... Nossa química sempre funcionou muito bem..... Após muitos anos, nos reencontramos e pintou aquela vontade de fazer um som... Na época, eu estava bem desanimado com música, devido ao final meio traumático de minha banda anterior... E o Douglas era apenas um concursado não tão feliz do Banco do Brasil....
O baixista Gustavo pintou através do Leo Bolor (que havia tocado comigo no Mundo Cane e é o batera original da primeira formação do Sex Psych Love)... Após um encontro épico no “Tio Dog” em Julho de 2010, decidimos marcar nosso primeiro ensaio.... Foi magia a primeira vista.....
Essa formação durou pouco, mas alguns sons que gravamos posteriormente, tiveram sua origem nesse período...
O SPL ficou reduzido a um trio, o qual gravou o nosso EP de estreia (“Black Rose”) em 2011...
Foi quando resgatamos um velho parceiro da cartola.... Rafael Chueire.... Que batera abençoado... Ele é o segredo, a locomotiva por trás do som do SPL... O cara que resolve qualquer equação complexa com uma simplicidade inacreditável.....
Nei: 3 - E o processo de gravação do “The Ocean” como aconteceu?
Mano Seixas: Sendo bem sincero, a banda havia quase implodido durante a gravação do “The Ocean”... Conflito de egos (não tem jeito, isso aflora quando menos se espera), problemas com estabilidade emocional, direcionamento do som.... Um verdadeiro caos (o que de certa forma combina bastante com o espírito rock’n’roll).....
As músicas já estavam gravadas quando pintou em nossas vidas um ser de outro planeta... Don Alber Vanasco (tecladista e membro-fundador do Sandhy&Mandhy – pérola obscura do rock argentino)... O que estava bom, adquiriu uma aura muito além do que imaginávamos... Foi o toque de Midas, disso não tenho dúvida alguma...
O Alber gravou os teclados e piano em pouquíssimo tempo.... Como ele é bem conhecido na Argentina, nos indicou o Lucena (guitarrista da banda Nexus e produtor) para a masterização final.... Creio ser desnecessário dizer que ficamos com o queixo caído quando recebemos a fita master.... Foi quando começou a cair a ficha de que a banda realmente deveria continuar para valer....
Também é bom ressaltar a ajuda fundamental de 03 figuras femininas c/ vozes emblemáticas (Érica Geraldo, Carol Pepper e Chell Santana).... Fizeram com que nossas músicas adquirissem uma personalidade própria... Inimaginável pensar no discos sem a presença dessas musas...
Nei: 4 - Você pode comentar um pouco sobre as suas influências e como elas aparecem na Sex Psych Love?
Mano Seixas: Como tive muitas bandas cover nessa longa estrada da vida, querendo ou não, acabo incorporando um pouco de cada um dos meus heróis... Minhas bandas prediletas (Zeppelin, Cult, Doors, hard setentista, pós-punk etc.), contribuem até hoje na minha formação....... Lógico que procuro ter uma identidade própria e não ser apenas um clone ou imitação barata e grotesca de algum desses heróis, mas reconheço que é uma tarefa dificílima...
Como na banda cada um tem influências musicais diferentes, creio que isso contribui para que nosso som seja meio difícil de ser rotulado em uma só categoria...... Gostamos da expressão “hard pós-punk psicodélico progressivo”....
Nei: 5 - Por que a banda optou pelo inglês?
Mano Seixas: Não há como negar que nossas influências são de bandas que cantam em inglês....
Respeitamos e admiramos os artistas brasileiros que conseguem compor em português... Como não temos essa habilidade, preferimos compor em inglês, que se encaixa ao nosso som e ao conteúdo de nossas letras....
Nei: 6 - Mano parabéns pelo disco (é um discaço)! Fique a vontade para fazer suas últimas considerações, deixar contatos, redes sociais e agenda de shows.
Mano Seixas: Eu é que agradeço pela oportunidade de divagar um pouco sobre nossa história....
Temos feito vários shows pela cidade... Sabemos das dificuldades que nos aguardam...
Curitiba tem inúmeras bandas de excelente qualidade que anseiam pela oportunidade de mostrar seu trabalho.... Lembro que há uns 20 anos atrás, falava-se que éramos a Seattle brasileira... Ledo engano... Ainda estamos patinando, apesar do esforço de vários abnegados.... Para que nossa cena possa crescer e se tornar sólida e viável, é necessário que o público, casas/bares e o pessoal da mídia acreditem nesse sonho tanto quanto nós....
Quem quiser se comunicar com a banda, é só acessar nosso facebook: https://www.facebook.com/sexpsychloveband?ref=hl
Para escutar o disco “The Ocean” na íntegra, é só acessar https://soundcloud.com/user862613280
Contato é com a Glaucia Kugler – 9964-7508
https://www.facebook.com/glauciacuritiba
Finalizando.... Que as pessoas continuem inquietas e inconformadas com o óbvio... Que busquem incessantemente seus sonhos... Seja através de atitudes, da leitura de bons livros ou apreciação de novos sons e/ou filmes.... Cultura minha gente... Isso faz um bem danado... Nos vemos por aí....
Sex Psych Love
Já a primeira faísca relacionada a rock foi com o seriado dos Monkees... Lembro que “tocava” guitarra com uma vassoura-de-palha e tentava imitá-los sem o menor pudor....
Sobre como pintou a primeira banda..... Amigos de infância (os melhores que qualquer um de nós pode querer)..... Cada um comprando um instrumento e praticando sem dó e nem piedade na garagem do “Seu” Joaquim.... Pelo menos pose já tínhamos..... Pena que não seguimos adiante..... A banda tinha muito futuro... (risos).
Nei: 2 - E a Sex Psych Love como começou?
O baixista Gustavo pintou através do Leo Bolor (que havia tocado comigo no Mundo Cane e é o batera original da primeira formação do Sex Psych Love)... Após um encontro épico no “Tio Dog” em Julho de 2010, decidimos marcar nosso primeiro ensaio.... Foi magia a primeira vista.....
Essa formação durou pouco, mas alguns sons que gravamos posteriormente, tiveram sua origem nesse período...
O SPL ficou reduzido a um trio, o qual gravou o nosso EP de estreia (“Black Rose”) em 2011...
Foi quando resgatamos um velho parceiro da cartola.... Rafael Chueire.... Que batera abençoado... Ele é o segredo, a locomotiva por trás do som do SPL... O cara que resolve qualquer equação complexa com uma simplicidade inacreditável.....
Foto: www.marxrock.com |
As músicas já estavam gravadas quando pintou em nossas vidas um ser de outro planeta... Don Alber Vanasco (tecladista e membro-fundador do Sandhy&Mandhy – pérola obscura do rock argentino)... O que estava bom, adquiriu uma aura muito além do que imaginávamos... Foi o toque de Midas, disso não tenho dúvida alguma...
O Alber gravou os teclados e piano em pouquíssimo tempo.... Como ele é bem conhecido na Argentina, nos indicou o Lucena (guitarrista da banda Nexus e produtor) para a masterização final.... Creio ser desnecessário dizer que ficamos com o queixo caído quando recebemos a fita master.... Foi quando começou a cair a ficha de que a banda realmente deveria continuar para valer....
Também é bom ressaltar a ajuda fundamental de 03 figuras femininas c/ vozes emblemáticas (Érica Geraldo, Carol Pepper e Chell Santana).... Fizeram com que nossas músicas adquirissem uma personalidade própria... Inimaginável pensar no discos sem a presença dessas musas...
Nei: 4 - Você pode comentar um pouco sobre as suas influências e como elas aparecem na Sex Psych Love?
Como na banda cada um tem influências musicais diferentes, creio que isso contribui para que nosso som seja meio difícil de ser rotulado em uma só categoria...... Gostamos da expressão “hard pós-punk psicodélico progressivo”....
Respeitamos e admiramos os artistas brasileiros que conseguem compor em português... Como não temos essa habilidade, preferimos compor em inglês, que se encaixa ao nosso som e ao conteúdo de nossas letras....
Foto: www.musicadecuritiba.com |
Temos feito vários shows pela cidade... Sabemos das dificuldades que nos aguardam...
Curitiba tem inúmeras bandas de excelente qualidade que anseiam pela oportunidade de mostrar seu trabalho.... Lembro que há uns 20 anos atrás, falava-se que éramos a Seattle brasileira... Ledo engano... Ainda estamos patinando, apesar do esforço de vários abnegados.... Para que nossa cena possa crescer e se tornar sólida e viável, é necessário que o público, casas/bares e o pessoal da mídia acreditem nesse sonho tanto quanto nós....
Quem quiser se comunicar com a banda, é só acessar nosso facebook: https://www.facebook.com/sexpsychloveband?ref=hl
Para escutar o disco “The Ocean” na íntegra, é só acessar https://soundcloud.com/user862613280
Contato é com a Glaucia Kugler – 9964-7508
https://www.facebook.com/glauciacuritiba
Finalizando.... Que as pessoas continuem inquietas e inconformadas com o óbvio... Que busquem incessantemente seus sonhos... Seja através de atitudes, da leitura de bons livros ou apreciação de novos sons e/ou filmes.... Cultura minha gente... Isso faz um bem danado... Nos vemos por aí....
Sex Psych Love