Épico 01 | Angels Cry (1993) - Angra

Ano: 1993
Gravadora: Eldorado Records
Gênero: Power Metal (Metal Melódico)
Obs: o álbum não está a venda.

O Heavy Metal Melódico a pouco estourava em todo o mundo e dava inicio à sua próspera trajetória com o Helloween (banda que falarei em outro post). Bandas e mais bandas começavam a surgir. Em terras brasileiras, temos o fabuloso Angra. André Matos, Kiko Loureiro, Rafael Bittencourt, Luis Mariutti e Ricardo Confessori dariam início a uma das entidades metálicas brasileiras de maior respeito lá fora. Charlie Bauerfeind e Sascha Paeth foram os homens que minimizaram a inexperiência do quinteto.
Com Alex Holzwarth assumindo as baquetas (Confessori entraria tempos mais tarde), participações de Kai Hansen, Thomas Nack e Dirk Schlachter (todos do Gamma Ray), produção perfeita, detalhada e cuidadosa (aliado ao perfeccionismo declarado de André Matos), composições transbordando criatividade, talento, técnica, ritmos brasileiros incorporados ao metal melódico, clássico, pesado e com uma atuação irretocável de todos os músicos, “Angels Cry” veio e se tornou um clássico imortal do metal melódico mundial e é tema  do post Coleção de hoje.
Angra é uma banda brasileira de metal, formada na cidade de São Paulo em 1991, pelo vocalista e tecladista Andre Matos e os guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, após os três se conhecerem na Faculdade Santa Marcelina, onde os três faziam faculdade de composição e regência. Andre Matos anteriormente havia feito parte do Viper (entre 1985 e 1990), mas deixou a banda por motivos pessoais, e Rafael Bittencourt fazia parte da banda Spitfire. Logo após entraram na banda os músicos Luis Mariutti (baixo), Marco Antunes (bateria) e Andre Linhares (guitarra).

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A banda Angra foi formada com a proposta de fundir a agressividade do Heavy Metal, os ritmos étnicos brasileiros e a sofisticação da música erudita. Na época, André Matos foi quem trouxe os contatos com o empresário Antônio Pirani, então proprietário da revista Rock Brigade e do selo Rock Brigade Records, por volta de 1991 no auge do estilo Power Metal. A idéia era aproveitar a onda do Power Metal (ou Metal Melódico como o gênero ficou conhecido no Brasil) que estava bastante popular na Europa, Japão e no Brasil graças a nomes como Helloween e Gamma Ray.
O quinteto ensaiou praticamente por um ano para lançar sua primeira demo tape, intitulada Reaching Horizons em 1992. Ainda desconhecidos do grande público, o Angra assinou com a JVC e viajou para o Japão para gravar seu primeiro álbum de estúdio, Angels Cry. Angels Cry obteve boa repercussão tanto no Brasil como no exterior (principalmente no Japão, onde ganhou disco de ouro). O álbum apresentava uma mistura de Heavy Metal e Música Clássica, sonoridade que marcou o estilo da banda. Pouco antes das gravações do álbum, Marco Antunes deixou a banda, o que fez com que a bateria fosse gravada por Alex Holzwarth. Em seguida, Ricardo Confessori assumiu as baquetas do Angra.
O espetáculo começa com "Unfinished Allegro", uma introdução confeccionada pelo líder e vocalista da banda, o já conhecido André Matos. A faixa traz uma obra clássica de Schubert arranjada e adaptada por Matos, anexada, vem o hino do Angra, "Carry On".


Não há um ser que não goste desta música. Destaque também para as guitarras de Bittencourt e Loureiro que, como sempre estão em sintonia e massacrantes. "Time", outro grande sucesso é a que segue, para se ter uma idéia, foi produzido até um video-clipe relativamente bom. "Angels Cry", a música título do álbum, tem uma grande parte instrumental, muito boa por sinal, também traz uma obra de músicos eruditos, desta vez o tema do Op. 54 de Mendelssohn. 


"Stand Away" é uma faixa bem diferente, composta por Rafael Bittencourt, como todas as músicas do grupo, tem aquela presença clássica marcante, o coro também é bem utilizado. "Never Understand" não precisava ser tão grande mas tem um bom vocal e bons solos acústicos de guitarra, além da inserção do baião com metal não é muito comum, foi o primeiro experimento dentro do estilo, e portanto, foi difícil para um alemão entender.  A cover "Wuthering Heights" de Kate Bush é simplismente magestral, bem sutil, de acordo com a autora. A música não foi muito distorcida e tem um dos melhores desempenhos de falsete de Matos, um tom agudo porém audível.


"Streets of Tomorrow" já é mais pesada mas não deixa de ser boa, nela, o destaque principal são as guitarras. "Evil Warning" é uma das melhores faixas, foi composta por três integrantes da banda, o André Matos, o Rafael Bittencourt e o já ex-baterista Marco Antunes. Tem um dos melhores solos de Kiko Loureiro no Angra, talvez até o melhor mesmo. Além do típico trecho de um músico erudito, neste caso já é um bem conhecido, Vivaldi. "Lasting Child" fecha com chave de ouro o tão aclamado álbum, nela Matos esbanja seu talento de compositor, arranjos clássicos, instrumentos afinados e sincronizados.
Um clima de euforia e entusiasmo cercava os rapazes e eles corresponderam muito, muito bem. São clássicos atrás de clássicos, músicas de qualidade altíssimas, tudo executado com perfeição e brilhantismo.
São balanceados momentos mais pesados com mais melódicos, aliando emoção e classicismo, técnica com talento, criatividade com agressividade, ritmos brasileiros com Heavy Metal e tudo de melhor que você pode esperar.
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As letras são maravilhosas, poéticas e realistas, “Angels Cry” (a música) aborda o sofrimento das crianças brasileiras, são exemplos de magnificência de André Matos como compositor.
Um álbum que virou referência de metal melódico em todo o mundo, que influenciou muitos músicos e que maravilhou muitos ouvintes, “Angels Cry” soa ontem, hoje e sempre, insuperável.
Em 1994, Angra abriu para o AC/DC no Brasil e foi convidado para a inauguração da versão brasileira do festival Monsters of Rock, dividindo palco com o KISS, Black Sabbath e Slayer. Após o festival, a banda embarcou em o que seria uma turnê muito bem sucedida no Brasil a Angels Cry Tour, o que eventualmente acabou na Europa em 1995.
O Angra iniciou as gravações de seu novo álbum em 1995. Holy Land, lançado em Março de 1996, é o álbum que trouxe à tona diversas influências brasileiras, sem deixar de lado o peso e a técnica do Power Metal. Isso valeu à banda ainda maior reconhecimento internacional, culminando em shows por diversos países europeus, como Itália, França e Grécia, além de proporcionar ao grupo mais um disco de ouro no Japão. No início do ano seguinte, a banda faria sua primeira turnê pelo Japão. Como conseqüência de tantos shows bem sucedidos, foi lançado em 1997 o EP Holy Live, com quatro faixas ao vivo gravadas em Paris. A banda teve o videoclipe da canção "Make Believe" indicado para o MTV Video Music Awards de 1997, acabando como um dos mais votados.


Sem dúvida este é o trabalho mais ousado do Angra. Usando muitas influências afro-brasileiras tanto na parte musical quanto nas letras, os membros da banda conseguiram transmitir, de maneira sem igual, sua mensagem. Neste segundo álbum, a banda não ficou somente calcada no Metal melódico, empreitando-se por outras vertentes do Heavy Metal. Um álbum simplesmente fantástico, com músicas muito bem trabalhadas e arranjadas. 
O ano de 1998 marcou o início de mais uma produção do Angra. Com Chris Tsangarides na produção, a banda antecipou seu próximo álbum com o single de três canções "Lisbon", lançado em julho daquele ano. O álbum, intitulado Fireworks foi lançado em setembro do mesmo ano, mostrando a banda menos voltada para os ritmos brasileiros e mais dedicada ao Power Metal. Durante a turnê do álbum, os problemas de relacionamento com o empresário Antônio Pirani se agravaram, resultando em conflitos internos.
O Angra dessa vez praticamente abandonou o metal melódico. Talvez tal fato tenha ocorrido em virtude da produção ter ficado a cargo de um produtor inglês, que trabalha com bandas de Heavy Metal Tradicional.
Estou falando do famoso Chris Tsangarides (produziu o aclamado álbum Painkiller - Judas Priest). Mas isso não influiu na qualidade das composições. As músicas têm uma pegada mais oitentista, com o usa maior de riffs, menos teclados e com uma cozinha que realmente destruiu.
Até a maneira de cantar do André Matos mudou. Seus agudos tornaram-se mais escassos, mas, em compensação, mais bem encaixados. Sua voz está mais suave também.
O último show de André Matos, Ricardo Confessori e Luís Mariutti foi dia 23 de outubro de 1999 no Credicard Hall em São Paulo.
Após diversos desentendimentos com Pirani, Andre Matos, Ricardo Confessori e Luís Mariutti saíram da banda em agosto de 2000 e em março de 2001, uma nova formação era anunciada com Aquiles Priester (bateria), Edu Falaschi (vocal) e Felipe Andreoli (baixo). Edu Falaschi era líder da banda Symbols. Felipe Andreoli, por sua vez, era baixista do grupo Karma, e ainda faz parte desta formação. Já Aquiles Priester, fundador do grupo Hangar saiu da banda em 2008.
Assim, o Angra voltou às atividades no ano de 2001 com o lançamento mundial do disco Rebirth no mês de outubro. O nome do álbum, que significa renascimento em português, remete à nova fase vivida pela banda a partir do primeiro semestre daquele ano e foi gravado no Brasil e na Alemanha pelo produtor Dennis Ward.
Com a separação da banda e com a entrada de três novos integrantes, houve, por conseguinte, uma mudança muito grande no som, que está mais melódico, ficando também mais europeu, mesmo utilizando algumas características, mal feitas por sinal, de músicas brasileiras.
Vale destacar que o timbre das guitarras também mudou, dando um ar muito diferente de outrora. Rebirth é o típico álbum que uma banda faz para não correr riscos.
Com composições sem criatividade, com riffs e estruturas musicais copiadas, o Angra fez um álbum que, de alguma maneira, agrada a maioria dos gregos e troianos. Os novos integrantes, à exceção do vocalista Edu Falaschi, não substituíram seus predecessores à altura.
O quinteto ingressou num processo de divulgação do disco, realizando em várias capitais brasileiras e na América do Sul, culminando com um show na casa Via Funchal, na cidade de São Paulo, em 15 de dezembro. Em menos de dois meses, Rebirth já havia atingido o número de 100 mil cópias vendidas em todo o mundo.
O primeiro show da banda com a nova formação aconteceu dia 2 de novembro de 2001 no Canadura em Maringá no Paraná.
Em janeiro a banda voltou ao estúdio, novamente sob o comando de Dennis Ward, para gravar o EP Hunters and Prey e a canção "Kashmir" para um tributo ao Led Zeppelin. O álbum trazia algumas faixas novas, além de versões acústicas das canções "Rebirth" e "Heroes of Sand". Trazia também um cover de Genesis, com a canção "Mama". Logo após as gravações, a banda ainda participou de um show ao ar livre em comemoração ao aniversário da cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro, realizado no Center Norte, contando com um público de cerca de 12 mil pessoas.


Depois de participar de inúmeros programas de rádio e de TV (incluindo uma aparição no Altas Horas, da Rede Globo, e Musikaos, da TV Cultura), o Angra finalizou a edição do primeiro vídeo clipe do disco Rebirth. A canção escolhida foi a faixa título, e tem como base as imagens gravadas no show acima citado, realizado em São Paulo.
Em março do mesmo ano a banda embarcou para mais uma turnê pela Europa. Foram 18 apresentações em sete países: Itália, Alemanha, França, Espanha, Holanda, Bélgica e Suíça, sempre contando com o Silent Force como banda de abertura.
De volta ao Brasil, no início de abril foi retomada a turnê sul-americana, com três shows no interior de São Paulo que totalizaram público de cerca de 25 mil pessoas. Em paralelo, novos produtos com a marca Angra chegaram ao mercado. Um deles é o songbook de Rebirth, com as partituras e tablaturas para guitarra de todas as canções do disco. O livro, de 116 páginas, traz ainda um glossário explicando as principais figuras utilizadas nas tablaturas, facilitando sua utilização por músicos ainda pouco familiarizados com essa simbologia. Também foi lançada, em edição limitada produzida pelo fã-clube do Angra, uma fita VHS com cerca de 80 minutos de duração trazendo o show que a banda realizou no Rio de Janeiro e cenas extraídas dos arquivos pessoais dos músicos da banda.
Em maio foi lançado o EP Hunters and Prey, que, a exemplo de Rebirth, tem arte de capa assinada pela artista plástica portuguesa Isabel de Amorim. O disco conta com oito canções e mais uma faixa interativa, com o clipe da canção "Rebirth".


Antes de embarcar para mais uma empreitada internacional, a banda gravou uma versão Power Metal e um clipe da canção "Pra Frente Brasil". O vídeo foi exibido pelo canal esportivo SporTV durante a Copa do Mundo de 2002 e continua sendo veiculado no canal Multishow.
Em junho a banda esteve mais uma vez no Japão, onde fez cinco apresentações nas cidades de Nagóia, Tóquio, Osaka e Hiroshima, entre os dias 19 e 24. No dia 14, o Angra foi a primeira banda de Power Metal sul-americana a se apresentar em Taiwan, em um show na cidade de Taipé.
Em 2004 foi lançado Temple of Shadows, um álbum conceitual que narra a saga de um cavaleiro das Cruzadas conhecido como "The Shadow Hunter", e que se passa no final do século XI. O encarte conta com a arte assinada novamente por Isabel de Amorim, e possui formatação de livro, narrando a história por trás das letras. Antes de cada letra de canção há pelo menos um parágrafo explicando a situação ou os fatos que se passam em cada canção. Dennis Ward foi novamente chamado para gravar, produzir e mixar este álbum.
Mais uma vez, houve elementos da canção brasileira no som da banda. Há, inclusive, uma faixa com partes cantadas em português, na voz do cantor Milton Nascimento. Além dele, outros convidados especiais participaram do projeto incluem os vocalistas Kai Hansen (Gamma Ray e ex-Helloween), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Sabine Edelsbacher (Edenbridge); o percussionista Douglas Las Casas, a pianista Sílvia Góes, um quarteto de cordas para as partes orquestradas e o violoncelista Yaniel Matos.
O Angra felizmente renasceu musicalmente falando, pois o que se ouve neste trabalho são músicas altamente técnicas e bem variadas, a despeito de haver um clichê ali e outro acolá.
O conceito deste trabalho está ligado às cruzadas do século XI, onde um cavaleiro chamado The Shadow Hunter passa a questionar os ideais e direcionamentos da Igreja Católica. As aventuras desse cavaleiro são contadas nas faixas, sendo que cada uma delas é um capítulo de toda história criada pelo ótimo letrista Rafael Bittencourt.


Musicalmente falando, o Angra evoluiu ao se comparar com o primeiro lançamento dessa nova formação - as músicas estão mais coesas, a banda mais entrosadas e a gravação está bem melhor, exceto a da bateria que não tem um som tão poderoso como o do baixo, por exemplo.
Logo após o lançamento do álbum a banda iniciou uma turnê nomeada Temple of Shadows World Tour, e passou por seis continentes: América do Sul, América Central, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania.
A vendagem total do álbum ultrapassou as 200 mil cópias e garantiu mais de 50 prêmios para a banda.
Após meses de espera é lançado em novembro de 2006, o álbum Aurora Consurgens caracterizado por ser uma comemoração dos 15 anos da banda e possuir elementos de todos os seus discos anteriormente lançados. Baseado no livro homônimo, o álbum possui mais uma vez a capa feita pela portuguesa Isabel de Amorim e aborda uma temática mais voltada aos distúrbios mentais e psicológicos.
Além da baixa repercussão do Aurora Consurgens, brigas internas e discussões com o empresário Toninho Pirani, levaram novamente o Angra às manchetes dos principais órgãos de imprensa do Metal.
Para piorar a situação, Pirani também se envolveu em diversos problemas (inclusive legais) que culminaram na reformulação total da revista Rock Brigade com redução drástica na tiragem e a troca de diversos colaboradores "das antigas", que também participavam diretamente de atividades envolvendo o Angra.
Com sérios problemas financeiros e brigas internas, o Angra encarava a mesma crise vivida na época de Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confessori. Na época, chegou a se especular a troca do empresariamento da banda, encerrando uma parceria de 15 anos entre o Angra e Toninho Pirani, detentor dos direitos do nome da banda. Porém, o que se confirmou foi a saída do baterista Aquiles Priester, após declarações bastante polêmicas ao longo de 2007 e 2008.
Em entrevistas, Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro afirmaram que o Angra estaria de volta entre abril e maio de 2009, com uma turnê para marcar o recomeço das atividades da banda. Kiko, inclusive, chegou a anunciar a gravação de um novo álbum, que seria lançado em 2010, tendo agora, Monika Cavalera como empresária.
Em 2009 o site da banda, em construção, estampava como título do site a frase "Bring the sunrise again" (traduzido do inglês como "Traga o nascer do sol novamente"), um verso da canção "Nova Era", o que indicava um possível retorno. No dia 12 de março de 2009, o site do Angra retornou ao ar, com as frases Look Who's Back (Olhe quem está de volta, em português) e Back to Life ("de volta à vida", também um verso de "Nova Era"). A formação da banda trouxe o retorno do baterista Ricardo Confessori, que fez parte do Angra entre 1993 e 2000, quando criou o Shaman. Confessori retomaria o posto que foi ocupado por Aquiles Priester, que atualmente se dedica integralmente ao Hangar.
Em 12 de março de 2009, o site da banda passou a informar que o Angra faria uma turnê conjunta com a banda Sepultura, a Angra & Sepultura Tour. A turnê passaria pelo Brasil no mês de maio pelas cidades de Recife, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Ourinhos, Rio de Janeiro, Vitória e Governador Valadares.
Em 2010, a banda gravou no estúdio Norcal Studios, em São Paulo o álbum intitulado Aqua, que foi baseado na peça A Tempestade de William Shakespeare. O álbum foi lançado no dia 11 de agosto de 2010 no Japão via JVC/Victor, e 22 de agosto no Brasil de forma independente.
Logo após o lançamento a banda fez uma turnê mundial intitulada Aqua World Tour que passou por 4 continentes (América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia), e encerrou no dia 16 de julho de 2011 em São Paulo.
O novo disco mantém o estilo de seu antecessor ao mesmo tempo em que continua a busca da banda para não se estagnar e continuar sempre inovando. O resultado é um disco que não é maravilhoso, mas também não faz feio na bela discografia do grupo
Em 19 de abril de 2011 os integrantes Kiko Loureiro e Felipe Andreoli (músico) acusaram o grupo Parangolé de plágio em um riff da canção "Nova Era". A assessoria da banda Parangolé informou a um site que as Editoras que cuidam das músicas dos grupos envolvidos estão conversando para resolver o impasse. Já a assessoria da banda que acusou o plágio, informou que irá se reunir com os integrantes para ver quais providências irão tomar sobre o assunto. Semanas depois, o guitarrista da banda baiana reconheceu ter usado o riff de autoria de Kiko, alegando ter extraído de uma videoaula do Kiko Loureiro, e pediu desculpas por não fazer menção como música incidental e o assunto foi encerrado.
No dia 25 de setembro de 2011 o Angra participou do Rock in Rio IV (Dia Metal), ao lado da finlandesa Tarja Turunen (ex-Nightwish), comemorando os 20 anos da banda. A banda preparou um repertório especial para o evento, tocando "The Phantom of The Opera" (cover de Nightwish, originalmente de Andrew Lloyd Webber) e depois de 15 anos "Wuthering Heights" (cover de Kate Bush), canção presente no álbum de estréia Angels Cry e era tocada apenas na fase com Andre Matos nos vocais.
Em 24 de maio de 2012, o vocalista Edu Falaschi publicou uma nota anunciando sua saída do Angra. O motivo de sua saída seria complicações de saúde, por forçar muito sua voz em músicas de altos tons. O último show de Edu com o Angra foi no Rock in Rio 2011.


Em Setembro/Outubro de 2012 a banda lançou sua primeira coletânea, intitulada Best Reached Horizons contém os sucessos das duas epócas da banda. A coletânea foi lançada apenas na Europa e Japão.
A banda foi confirmada como atração no cruzeiro 70000 Tons Of Metal, que aconteceu em janeiro de 2013. O vocalista Fabio Lione foi o vocalista do Angra no evento.


Fotos: http://www.angra.net/  

Membros atuais
Fabio Lione - Vocal
Rafael Bittencourt - guitarra rítmica; solo (1991-atualmente)
Kiko Loureiro - guitarra solo; rítmica (1992-atualmente)
Felipe Andreoli - baixo (2001-atualmente)
Ricardo Confessori - bateria, percussão (1993-1999; 2009-atualmente)

Membros anteriores
André Linhares - guitarra solo; rítmica (1991)
André Hernandes - guitarra solo; rítmica (1991-1992)
Marco Antunes - bateria, percussão (1991-1993)
Andre Matos - vocais, teclados, piano (1991-2000)
Luís Mariutti - baixo (1991-2000)
Aquiles Priester - bateria, percussão (2001-2007)
Edu Falaschi - vocais, violão (2000-2012)

Membros convidados
Fabio Ribeiro - teclados (1994 - 1995)
Leck Filho - teclados (1996 - 1997)
Fabio Laguna - teclados (2001 - 2007)
Fabio Lione - vocal (2013

Músicas
Side A
"Unfinished Allegro"
"Carry On"
"Time"
"Angels Cry"
"Stand Away"

Side B
"Never Understand"
"Wuthering Heights" (Kate Bush Cover)
"Streets of Tomorrow"
"Evil Warning"
"Lasting Child
I. "The Parting Words"
II. "Renaissance"

Fotos do vinil



Fotos: Diego Kloss