Discografia 01 | Megadeth

No mês do Rock and Roll, vamos trazer um material completo sobre umas das melhoress bandas de Heavy Metal e Trash Metal: o Megadeth. Primeiro mostraremos todas as capas dos álbuns de estúdio e suas especificações, depois faremos um histórico completo da banda com clipes e shows, além de fotos e curiosidades. Por último as fotos da coleção de vinis do Megadeth.

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Álbum: Killing Is My Business... and
Business Is Good! | Peace Sells... but Who's Buying?
Ano: 1985 | 1986
Gravadora: Combat Records | Capitol Records
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal
Álbum: So Far, So Good... So What! | Rust in Peace
Ano: 1988 | 1990
Gravadora: Capitol Records
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal
Álbum: Countdown to Extinction | Youthanasia
Ano: 1992 | 1994
Gravadora: Capitol Records
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal
Álbum: Cryptic Writings | Risk
Ano: 1997 | 1999
Gravadora: Capitol Records
Gênero: Heavy Metal e Hard Rock
Álbum: The World Needs a Hero | The System Has Failed
Ano: 2001 | 2004
Gravadora: Sanctuary Records
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal
Álbum: United Abominations | Endgame
Ano: 2007 | 2009
Gravadora: Roadrunner Records
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal
Álbum: TH1RT3EN | Super Collider
Ano: 2011 | 2013
Gravadora: Roadrunner Records | Universal
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal

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Álbum: Dystopia
Ano: 2016
Gravadora: Universal
Gênero: Heavy Metal e Trash Metal

Introdução
O Megadeth é uma banda estado-unidense de heavy metal liderada por seu fundador, o vocalista e guitarrista Dave Mustaine. O grupo foi formado em 1983, após Dave ser expulso do Metallica. Desde então, a banda lançou treze álbuns de estúdio, quatro álbuns ao vivo, dois EP e cinco compilações. A banda ganhou fama internacional ligeiramente. Ficou muito conhecida por sempre trocar sua formação devido aos constantes problemas com drogas. Após o lançamento de seu álbum estreia em 1985, a banda lançou álbuns premiados com o disco de ouro, platina e o álbum Rust in Peace (1990) é considerado a melhor realização da banda, assim como Countdown to Extinction (1992), maior sucesso de vendas e nomeado ao Grammy no mesmo ano, além de que Youthanasia (1994) manteve o bom ritmo da banda. Com os lançamentos de Cryptic Writings (1997) e Risk (1999), a banda afastou de seus lançamentos antigos, tendo quase que abandonado o Thrash Metal, apelando mais para o Hard Rock, somente com The World Needs a Hero (2001) a banda voltou às raízes. O grupo foi dissolvido em 2002, após Mustaine descobrir uma séria lesão no nervo do braço esquerdo, mas após dois anos de longa fisioterapia, Mustaine reformulou a banda decidiu voltar a ativa com o lançamento de The System Has Failed (2004). Desde então, a banda lançou outros três álbuns: United Abominations (2007), Endgame (2009) e TH1RT3EN (2011). Megadeth faz parte do "Big Four of Thrash", juntamente com Metallica, Slayer e Anthrax.
O grupo já vendeu mais de 32 milhões de discos e já foi nomeado para 10 Grammys. Em 28 anos de atividade, mais de 20 músicos já tocaram com Mustaine, o único presente em todas formações.

Início
A história do Megadeth começou em 1983 quando Mustaine foi expulso do Metallica, pouco antes de gravarem o primeiro disco "Kill'em All", devido ao seu irremediável problema com alcoolismo. É bom lembrar que é impossível alguém ser expulso de uma banda de Thrash Metal por excesso de álcool. Assim, além do alcoolismo, Dave Mustaine tinha problemas com drogas (uso de heroína), comportamento violento e conflitos de personalidade com os demais, após ser expulso jurou se vingar montando uma banda melhor e mais pesada que o Metallica. Na realidade Dave não foi oficialmente despedido, pior, foi colocado bêbado dentro de um ônibus pelos outros componentes e quando acordou estava do outro lado do país. Mustaine conseguiu, pelo menos em parte cumprir sua promesa montando o Megadeth, uma das melhores e mais influentes bandas de Thrash Metal da história do rock.
Mustaine aumentou a velocidade e intensidade das canções que já tinha escrito como "Mechanix", cujo a nova formação do Metallica adaptou para uma versão lenta e chamada "The Four Horsemen". Após a procura sem sucesso de seis meses por um novo vocalista, Mustaine decidiu assumir a posição se tornando assim líder, guitarrista, compositor e vocalista. Ainda em 1983, o bateirista Dijon Carruthers foi substituído por Lee Rausch.
No início de 1984, o Megadeth gravou três demos. Antes disso, o guitarrista Greg Handevidt saiu da banda para formar o grupo Kublai Khan, então as demos apresentaram somente Mustaine, Ellefson e Rausch, que continham as canções "Last Rites/Loved to Death", "Skull Beneath the Skin", e "Mechanix". Nos shows de apresentação das demos, o Megadeth contou com o guitarrista Kerry King, que havia abandonado o Slayer.
Após alguns shows, Lee Rausch foi substituído pelo baterista Gar Samuelson e depois de exatos 5 shows, foi a vez de King se retirar, voltando ao Slayer, alegando que estava perdendo muito tempo ao tocar no Megadeth. Algo que causou uma rixa entre Mustaine e King e uma certa rivalidade entre o Slayer e o Megadeth naquela época. Mike Albert assumiu o lugar provisoriamente na banda.
Depois de mostrar talento nas três demos, o Megadeth assinou contrato com uma Gravadora independente de Nova Iorque chamada Combat Records e em dezembro adicionou Chris Poland como novo guitarrista.
A primeira versão do Megadeth contava além de Dave, com o baixista David Ellefson, o guitarrista Chris Polland e o baterista Gar Samuelson.

"Killing Is My Business And Business Is Good"
Com esta formação lançaram em 1985, o excelente "Killing Is My Business And Business Is Good". A aceitação, tanto por parte da crítica quanto do público, foi excelente. O diferencial em relação ao Metallica era bastante claro desde o início, as músicas eram mais rápidas, os instrumentais mais técnicos.
Relançado em 2005 pela Century Media com uma nova capa, “Killing Is My Business... And Business Is Good! (um ótimo título) é pesado do início ao fim, trazendo a clássica voz grave de Dave Mustaine esbanjado solos afiados e riffs sensacionais com seu comparsa Chris Polland, complementado pelo sustentáculo perfeito de David Ellefson e a atuação simples de Gar Samuelson. "Skull Beneath The Skin” é até hoje uma das melhores músicas da banda, com várias mudanças de andamento e instrumental caprichado, muito parecida com “Rattlehead”, “Looking Down The Cross” (soturna porém empolgante, com camadas densas de precisão) e “Mechanix” no hall de clássicos imortais. “Mechanix”, como todos sabem, seria a versão “primitiva” de “The Four Hoursemen” do Metallica, com diferenças consideráveis entre as duas, todavia, a executada por James Hetfield, na minha opinião, é superior. A produção não traz o esplendor desejado, poderia ser melhor se metade da grana não tivesse sido gastada em drogas, ainda assim esta certa falta de capricho dá contornos mais intensos aos tempos áureos dos anos 80 e 90.Vendeu mais de 100.000 cópias, um bom número por ser um álbum lançado por um selo de gravação independente.

"Peace Sells... But Who's Buying"
Já no ano de 1986, a banda lança o álbum "Peace Sells... But Who's Buying", o quinto melhor álbum da banda na minha opinião, com destaque para as canções "Peace Sells" "My Last Words" e "Wake Up Dead". Foi o primeiro álbum da banda certificado com o disco de platina nos Estados Unidos (em 1992) e listado no livro "1001 Albums You Must Hear Before You Die" (1001 álbuns que você precisa ouvir antes de morrer), livro que recomendo.
A capa do álbum tem o mascote da banda "Vic Rattlehead" com uma placa na mão escrito For Sale (a venda). Dave Mustaine quis dizer que a ONU estava se vendendo na época.
Após o lançamento do álbum, Chris Polland e Gar Samuelson foram despedidos da banda por Mustaine, sendo substituídos pelo guitarrista provisório Jay Reynolds e pelo baterista Chuck Behler. no mesmo ano, Jeff Young chegou pra assumir o posto de guitarrista definitivo.

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O álbum é uma continuação perfeita dos riffs acelerados, domínio técnico da guitarra e comentários políticos que tintam tornado seu trabalho de estréia tão promissor.
Mustaine até gritou "This is the greatest fuckin' day of mi life" no festival Monsters of Rock, que ocorreu na Inglaterra em 1988, ao ouvir a multidão acompanhar o refrão "If there's a new way/I'll be the first in line", na música que dá título ao disco.
Para quem curte o Thrash Metal oitentista o álbum é um prato cheio, repleto de todos os elementos essenciais do estilo e com fortes influências de Metal Tradicional, com as guitarras nervosas e técnicas de Mustaine e Chris Poland, que despejam riffs e mais riffs destruidores, além de solos sensacionais, aliadas à bateria correta de Gar Samuelson e ao baixo martelado e marcante de David Ellefson, sem dúvida um dos melhores baixistas do estilo.
O disco apresenta clássicos essenciais do metal, como a poderosa “Wake Up Dead”; a faixa título "Peace Sells... But Who's Buying", um dos maiores clássicos da banda, repleta de mudanças de andamento e momentos memoráveis e com uma letra das mais ácidas no campo político; a pesadíssima “Devil Island”, com um apanhado de riffs soberbos; “My Last Words”, com forte influência de NWOBHM, fechando o disco com chave de ouro. Enfim o álbum trouxe o reconhecimento por parte da crítica e do público, um momento mais "diabólico" de Mustaine.
Após lançarem "Peace Sells But Who's Buying" em 1986, Chris Polland e Gar Samuelson foram despedidos da banda por Mustaine, sendo substituídos pelo guitarrista Jeff Young e pelo baterista Chuck Behler.



"So Far So Good So What"
"So Far So Good So What", lançado em 1988, foi seu álbum de maior sucesso até então, principalmente em virtude da excelente versão Thrash Metal do hino punk "Anarchy In The Uk" dos Sex Pistols (transformada em "Anarchy In The USA" e com algumas mudanças na letra).
"So Far, So Good...So What!" pode não ser o melhor disco da carreira da banda, mas a velocidade em que a banda trabalha as canções é algo de fazer qualquer headbanger quebrar a espinha de tanto bater cabeça.


A banda porém, desde seu início, passava por problemas sérios de relacionamento, com Mustaine sempre menosprezando a participação dos outros membros e constantemente sofrendo overdoses ou sendo preso por porte de drogas. Em uma de suas muitas overdoses foi constatado que Mustaine havia ingerido oito tipos de drogas de uma só vez. Em mais uma de tantas crises na banda Mustaine despediu também Jeff Young e Chuck Behler.
Preso por dirigir sobre efeito de drogas e sendo reincidente Mustaine foi obrigado a se internar em uma clínica de reabilitação. Após alguns meses declarava-se um novo homem, sóbrio e mais responsável. Reformou a banda chamando o guitarrista Marty Friedman e o baterista Nick Menza. A nova formação foi a melhor que já passou pelo Megadeth. Marty Friedman veio a formar com Mustaine uma das mais precisas e respeitadas duplas de guitarristas do Thrash Metal.

"Rust In Peace"
O novo álbum, "Rust In Peace" (o melhor da banda na minha opinião), de 1990, realmente trazia um Megadeth mais adulto e meticuloso em suas composições, o que levou o álbum a ser considerado pela maioria o melhor trabalho da banda (também considero o melhor, é o que eu mais ouço na verdade). A tour do disco passou pelo Brasil em 1991 quando a banda se apresentou no Rock In Rio II.
Foi-se o tempo em que a safra metálica americana surpreendia o mundo, desde o início até a fim dos anos 80. Foi exatamente nesta época que o Megadeth se projetava para ser o que ele é, atualmente.
Na carreira da banda, o grande divisor de águas foi  “Rust in Peace”. Estando 100% afinado, o Megadeth vinha com sua tropa reformulada com Marty Friedman (guitarra) e Nick Menza (bateria), além de Dave Mustaine (guitarra/vocal) e David Ellefson (baixo), destilaram o mais puro Heavy Metal com influências Thrash.
Não há como se esquecer do maior clássico chamado “Holy Wars" e seu riff poderoso e bem estruturado, sua base perfeita e suas progressões rítmicas se imprimem automaticamente na alma de inúmeros headbangers. A “Hangar 18” é outro hit inesquecível, com certa melodia e muita harmonia. Como não se lembrar da introdução de “Take no Prisioners”? A velocidade das guitarras e o peso da bateria, ou seja, um Thrash visceral. “Lucretia” dá continuação ao desfile de classe, com destaque especial para as harmonizações das guitarras. Já “Tornado of Soul” é a música mais melodiosa do álbum, sem deixar de ser pesada e rápida, composta por vários momentos e mudanças de ritmos.
A maior novidade, contudo, foi a melhoria nas composições, sendo que as 9 músicas são originais dinâmicos, com riffs sofisticados, ganchos perfeitos e letras que evitam tanto o satanismo do Death/Black Metal quando a vulgaridade do "rock machista".
A faixa-título protesta contra armas nucleares e "Holy Wars" faz um comentário sarcástico sobre intolerância religiosa. "Hangar 18" foi inspirada pelo suposto acobertamento do cado Roswell.
O álbum alcançou o vigésimo terceiro lugar na parada da Billboard.




"Countdown To Extinction"
Com "Countdown To Extinction" (o terceiro melhor), lançado em 1992, a tendência de elaborar o som e as letras se confirmou, inclusive com a banda sendo acusada de se vender e fazer música comercial, como é de praxe. Críticas radicais à parte, "Countdown to Extinction" é um excelente álbum, mostrando uma banda profissional e ótimas composições. Destaque para as letras de Mustaine, várias abordando os problemas com drogas pelos quais havia passado.
O álbum é um ótimo exemplo de que a banda pode inovar em sua sonoridade, ser mais “acessível” e ainda manter características da banda com qualidade.
Sem dúvida o álbum representa o ápice da carreira do Megadeth. A banda sempre teve vendas expressivas, com discos de ouro e de platina desde a estreia com "Killing is My Business... and Business is Good", mas Dave Mustaine buscava o sucesso absoluto que era desfrutado por seus antigos companheiros do Metallica. Assim, depois de um disco obra-prima que foi "Rust in Piece" de 1990, a banda gravou "Countown to Extinction" em 1992 com composições mais curtas e diretas, sem prejuízo da complexidade dos riffs e da dinâmica das músicas, sem contar as letras expressivas, com críticas à certas hipocrisias, ironias sofisticadas e frases de efeito memoráveis (a expressão "Black tooth grin", da faixa "Sweating Bullets" acabou virando nome de uma bebida preparada pelos integrantes do Pantera e o Zakk Wylde).
Assim, o disco abre rápido e rasteiro com "Skin O´My Teeth". A faixa tem um riff que utiliza as mesmas notas do clássico "2 Minutes to Midnight" do Iron Maiden, mas com muita rapidez e precisão. O riff do refrão é daqueles complicados, com saltos de cordas e como tantos outros serve para mostrar que Mustaine é "o cara" ao tocar um riff complicado e cantar sobre ele.
Segue-se um dos maiores hits da banda, "Symphony of Destruction" (minha música favorita).
O mérito da composição é todo de Mustaine, que criou um riff fácil de tocar, mas sofisticado de certa forma, bastante melódico por sinal e com cromatismos interessantes. O solo é um dos melhores de Marty Friedman. Ele descreve sua atuação: "começa com poucas notas para dar lugar à debulhação de arpejos bem colocados."
Um dos riffs característicos de Mustaine é do tipo locomotiva, com bastante trabalho para a mão direita em termos de upstrokes e downstrokes. Um bom exemplo é o início de "Architecture of Aggression".

 

Tem várias partes e, mais uma vez, tem um riff sofisticado durante o refrão. "Foreclosure of a Dream" tem um clip muito legal para a MTV e é uma faixa mais básica em termos de Megadeth, sendo tratada como um recurso comum na música pop, para viabilizar ainda maior repetição do refrão.
Em "Sweating Bullets" os versos todos são no estilo start-stop com os acordes tocados de forma bem rápida e seguidos de longas pausas, nas quais Mustaine canta coisas do tipo "Ya just keep on thinking it´s my fault, stay a inch or two of a kicking distance".


Na faixa "This Was My Life", os versos que são acompanhados pelas guitarras tocando notas sobre acordes ascendentes. A faixa título por sua vez, é conduzida nos versos pelo baixo de David Ellefson, que trata de espécies ameaçadas de extinção. A música foi premiada por entidades afins a essa problemática ambiental. "High Speed Dirt" é outra com andamento acelerado. No final há uma pausa para um solo de Friedman com guitarra com timbre limpo, uma raridade e que conferiu à peça um certo sentido Rockabilly. "Psychotron" poderia parecer para alguém uma espécie de "filler", mas acho uma boa faixa, que não foge do estilo do disco. "Captive Honour" acaba sendo lembrada mais pelos diversos diálogos que retratam alguém sendo julgado por algum crime e levado à prisão. A faixa mais complicada em termos técnicos é "Ashes in Your Mouth", a última do disco.
"Countdown to Extinction" é um disco excepcional, composto de forma brilhante, gravado de maneira soberba (os sons de guitarra e bateria são magníficos) e lançado na época certa.

"Youthanasia"
"Youthanasia", lançado em 1994, manteve o bom nível do álbum anterior, embora não tenha conseguido a mesma repercussão. A eterna rixa entre Megadeth e Metallica, mais precisamente entre Mustaine e Hetfield, também foi encerrada com o Megadeth e Metallica tocando juntos em alguns shows.
Radicalismos à parte, fica claro que o Thrash Metal do grupo já não apresenta toda aquela riqueza criativa encontrada em solos, riffs e composições transbordando criatividade e agressividade natural. Ainda assim, “Youthanasia” passa longe de ser um álbum ruim.
As mudanças estão presentes, com os arranjos menos velozes, criativos, complexos, inspirados e investindo mais na cadência, nos refrões, na melodia, com riffs mais simples, menos solos e bases mais repetidas. Mesmo com a queda de qualidade a banda consegue agradar, fazendo uma música se tornar memorável para quem escuta (coisa difícil em bandas de Thrash) e a competência e técnica dos músicos salvam o resto.
As letras continuam de cunho provocante, bélico, reflexivo, sarcástico e esbanjando aquela “maldade” peculiar a Mustaine.
Reckoning Day” começa muito bem o álbum, o melhor riff do álbum logo de cara, com Dave Mustaine encaixando sua adequada e limitada voz para o estilo e bateria em tom militar.

 

 Outros destaques são a ótima "A Tout Le Monde” uma das músicas mais diferentes e interessantes que o grupo já fez, refrão ultra pegajoso em francês, clipe polêmico e uma atuação sentimentalista (não exagerada) e primorosa de Dave.
“Family Tree” é a composição mais completa em termos de participação dos integrantes, contando com um David Ellefson numa linha de baixo marcante, trabalho de guitarras entrosado e fazendo jus ao baixo de David, além de Mustaine achando o equilíbrio entre o suave e o agressivo.
“The Killing Road” não é uma maravilha, mas compensa com o melhor solo do álbum – Marty Friedman parecia enfrentar um esgotamento de idéias e esta não é uma de suas melhores atuações.
Os destaques negativos ficam para "Elysian Fields" que apesar de não ser ruim, chega a lembrar até um Hard Rock. A faixa título parece descompromissada assim como “Victory”, uma colagem de títulos de músicas da banda.
Nesse álbum é notável que Dave Mustaine está mais contido, transmitindo ausência na maioria das interpretações não tão potentes assim.
“Youthanasia” é um álbum com altos e baixos, de uma fórmula mais simples, com mais erros que acertos, sem dúvida. O álbum não passa nem perto de ser aquele Thrash Metal massacrante, veloz, de pegadas fenomenais e milhares de riffs que são marcas do estilo na década de 80. Se você já tem em casa os melhores trabalhos do Destruction, Kreator, Testament, Forbidden, Slayer, Metallica, Exodus entre outros, "Youthanasia" não vai passar de "bom" ou "simpático", no entanto, vale a pena por se tratar de um belo registro da fase pré-decadente do Megadeth, se é que podemos considerar como tal.
No ano 1995, lançaram o EP "Hidden Treasures" que agradou o público, mas a mídia não deu muita atenção.

"Cryptic Writings"
O trabalho que se seguiu, "Cryptic Writings", foi um álbum de "volta às origens" com músicas que lembram toda a carreira da banda lançado em 1997, ano que o Megadeth se apresentou no Brasil ao lado de Queensryche e Whitesnake.
“Cryptic Writings”  é o álbum de despedida da line-up dourada e está praticamente no centro da transição musical que o quarteto vivia na década de 1990 até sua dissolução em meados de 2002. Do Thrash Metal insano, veloz, complexo e cheio de solos de guitarra de “Rust In Peace”, a banda transitou para um Heavy Metal mais tradicional em “Countdown To Extinction”, inseriu alguns elementos Hard Rock em “Youthanasia”, que se solidificaram ainda mais em “Cryptic Writings” e tomaram conta do geral nos sucessores “Risk” e “The World Needs A Hero”, apesar deste prometer em alguns momentos uma volta às raízes.
“Cryptic Writings” pode soar um pouco confuso em certos momentos porque o Megadeth  estava notavelmente passando por esse momento de transição. O metal rápido que era marca registrada dos anos 1980 já não brilhavam mais na década seguinte, o que forçou uma mudança até mesmo no som de outras bandas do gênero, como as outras integrantes do Big 4. Elementos inspirados no Hard Rock estavam sendo inseridos nas composições, o que permitia um certo “amansamento” do resultado final.
Mas é possível afirmar que, da grande maioria dos grupos de metal que modificaram sua sonoridade na década de 1990, o Megadeth teve maior êxito. Tudo isso se deve à genialidade de Dave Mustaine que, enquanto compositor, definiu a essência do conjunto até em suas faixas mais ousadas como "Trust", um Hard/Heavy que acabou virando clássico indispensável em qualquer apresentação da banda.


“Cryptic Writings” é salvo pela inspiração de Mustaine e dos outros músicos que já haviam atestado sua competência nos álbuns anteriores, passando pela criatividade do mestre Marty Friedman até pela solidez formada por David Ellefson e Nick Menza e chegando até a voz única e a destreza na guitarra de Mustaine. Além de tudo isso, a química dessa formação permanece inatingível mesmo com as diversas line-ups posteriores.
Apesar das críticas dos fãs, “Cryptic Writings” foi bem recebido no geral. Além de "Trust" e "Almost Honest" terem alcançado as posições de número 5 e 8, respectivamente, nas paradas norte-americanas, o disco emplacou nos charts de vários países como Finlândia (2° lugar), Suécia (15° lugar), França (14° lugar) e Estados Unidos (10° lugar). Vale citar também que "Trust" foi indicada em 1998 para o prêmio Grammy de melhor performance na categoria Metal.


Quinze anos após o seu lançamento, “Cryptic Writings” passa a ser melhor compreendido e muitos fãs do Megadeth que o renegaram em sua época de lançamento, já conseguem ver que é um registro de qualidade e muito mais inspirado que outros álbuns anteriores, porém é considerado o ponto mais baixo da banda na opinião do próprio Mustaine.
Logo após, Nick Menza teve que operar seu joelho em virtude de um cisto. Sua integração com a banda já não era a mesma e Dave Mustaine e David Ellefson decidiram substituí-lo por Jimmy Degrasso. Degrasso se apresentou no Brasil com o Megadeth em 1998 no Philips Monsters of Rock. Seu estilo agressivo e técnico se encaixaram perfeitamente ao som da banda e logo foi aclamado pela maioria dos fãs. Antes de tocar bateria no Megadeth, Degrasso já tinha se apresentado e tocado na banda de Alice Cooper. Antes disso, integrou por algum tempo uma das formações do Suicidal Tendencies.

“Risk”
Definida a nova line-up, a banda passou boa parte do ano de 1999 preparando o novo disco. "Risk" foi a manifestação de mais uma ousadia do grupo, que trocou o som Trash (ainda presente no álbum "Cryptic Writings") por músicas ora calçadas no Hard Rock, ora com elementos mais eletrônicos, como "Crush'Em" e "Insomnia". O resultado desagradou muitos fãs, mas ainda foi êxito de vendas e rendeu alguns prêmios.



As músicas não tem aqueles maravilhosos solos de Mr. Friedman e algumas músicas não tem solo algum. Claro, ainda existem riffs legais e simples como em "Doctor is Calling".
Em termos gerais, é um disco razoável. É diferente de tudo que o Megadeth já fez. É um trabalho bem mais leve que o "Cryptic Writings". Não tem nenhuma música que você ouça e diga que é muito pesada nem muito rápida. Talvez as que agradem mais o pessoal “old school” sejam "Insomnia" e "Prince Of Darkness". Com relação ao novo batera De Grasso, ele cumpre a sua parte com dignidade.
Mesmo com essa fulga das origens, considero "Breadline" e "I’ll be there" músicas marcantes, pois você acaba se contagiando com a melodia.
Apesar da comparação com a fase "Load" do Metallica e o desgosto de parte do público, a banda iniciou uma tour. Pouco depois da virada do ano, a Internet foi palco para muitos boatos sobre a saída de Marty Friedman. O que era algo pouco imaginável realmente aconteceu e em janeiro de 2000 Friedman alegou interesse em seguir outro estilo de música diferente do praticado pela banda. Para completar a tour foi chamado Al Pitrelli, guitarrista do Savatage.

"The World Needs a Hero"
Em 2001, após uma tumultuada mudança de gravadora, o Megadeth lança "The World Needs a Hero", se não um dos melhores discos de sua carreira, pelo menos uma volta digna ao estilo metal.
Depois de 2 anos do lançamento de "Risk", que decepcionou a grande maioria dos fãs da banda, por ser um disco não tão voltado para o Heavy Metal e sim, um Megadeth a procura de novos caminhos para sua música,  "The World Needs a Hero" chega cercado de apreensão.
Em "The World Needs a Hero" o Megadeth  com certeza está de volta ao Heavy Metal, desde a capa com a volta do mascote VIC, até o visual da banda, porém o som não traz tanta energia como antigamente, seguindo uma mesma fórmula e sem maiores inovações.


Logicamente temos alguns destaques e algumas músicas merecem observações: “The World Needs a Hero” e "Moto Psycho" talvez sejam as música mais empolgantes e atrativas, “1000 Times Goodbye” também é uma boa faixa, “Burning Bridges” tem um excelente refrão, com uma boa melodia, “Promises” é uma boa balada e serve para quebrar um pouco o rítmo, “Recipe for Hate...Warhorse” e “Dread and Fugitive Mind” não deixam a peteca cair e “Return To Hangar” mostra que Mustaine ainda sabe compor músicas pesadas no estilo de "Rust in Peace", com muitos solos e com levadas bem mais Heavy Metal.


No final das contas "The World Needs a Hero" é um bom disco, que não decepcionou os fãs, mas não trouxe o Megadeth ao topo.
Em 2002, logo após o bem sucedido lançamento de "Rude Awakening", esperadíssimo primeiro registro ao vivo oficial da carreira da banda, ocorre o inesperado: Dave Mustaine anuncia o fim do Megadeth. Em comunicado oficial explicou que uma grave lesão no braço prejudicaria a sua performance na guitarra e que aproveitaria a oportunidade para dar mais atenção à sua família, deixada de lado durante os anos de turnês e gravações. Boatos diziam que o ferimento de Mustaine teria ocorrido em uma clínica de reabilitação, após uma recaída no uso de drogas por parte do vocalista.
Era o ano de 2004, todos pensavam que a banda iria encerrar definitivamente suas atividades. Mas Dave Mustaine conseguiu se recuperar do seu problema no tendão e anunciou o reinício da banda. Além disso, lançou mais álbuns remasterizados e com faixas novas.

"The System Has Failed"
Na metade do ano 2004, o Megadeth lança o álbum "The System Has Failed" destaque para as canções "The Scorpion" (minha segunda música favorita) e "Back in the Day". Para alguns e para mim o segundo melhor da história do grupo. As letras são ótimas e faziam ataques ao governo americano. Chris Poland (guitarra), Vinnie Colaiuta (bateria) e Jimmy Lee Sloas (baixo) completaram a banda como uma formação temporária, pois esse álbum era planejado para ser um álbum solo de Dave, que mudou de ideia, e depois da gravação resolveu fazer uma reformulação da banda.


The System Has Failed  é uma alusão ao "sistema americano e da civilização ocidental" que, na opinião de Dave Mustaine, dita os caminhos do mundo. Dave cita exemplos de tal falha no sistema educacional americano que paga mal a seus professores e que permite que criminosos escapem às punições. O resultado de tudo isso é uma coleção de algumas das melhores músicas que o líder do Megadeth já escreveu.
Mustaine contou com o guitarrista Chris Poland, integrante original da banda e que gravou os álbuns Killing is My Bussiness... And Business is Good! (1985) e Peace Sells... But Who's Buyng? (1986); o baterista Vinnie Colaiuta, experiente músico de jazz e fusion; e o baixista Jimmy Lee Sloas. A junção de tantos bons músicos juntos, tocando um material de primeira, não poderia dar em outra coisa que não fosse um ótimo álbum, um dos melhores do Megadeth. Enfim, a banda apresentou um trabalho que consegue agradar do começo ao fim, trazendo originalidade, bom gosto, peso, solos alucinantes e letras sarcásticas.
A mescla de elementos clássicos do Megadeth com novas idéias é o maior atrativo do álbum. "Blackmail the Universe" poderia facilmente estar em "So Far, So Good... So What!", ou seja, tem guitarras despejando riffs palhetados, baixo veloz e bateria rápida com dois bumbos e variações. O primeiro single do álbum "Die Dead Enough", vem com uma pegada caracteristica do Megadeth pós-"Youthnasia" e lembra um pouco "Angry Again". Estão lá a cadência na bateria, harmonias vocais e de guitarras bem encaixadas, refrão certeiro e teclados cadenciados. Aliás, talvez o maior diferencial de "The System Has Failed" seja a adição dos teclados fazendo a base em algumas canções. Destaque absoluto ainda para o dueto fenomenal entre Poland e Mustaine, com solos fantásticos.


"Kick the Chair", primeira música mostrada ao público antes do lançamento, leva o ouvinte diretamente aos tempos de "Rust in Piece". Velocidade, peso, guitarras dobradas executando harmonias diferentes. A música em questão é o tema central do álbum, que fala sobre injustiça e indignação. "The Scorpion" (melhor música do álbum) diminui a rotação e arrisca na parte experimental. Tem groove no baixo e guitarras marcadas e cadenciadas abrindo espaço para um ótimo trabalho de métricas vocais. Uma fusão dos três últimos álbuns da banda, com a adição dos teclados e efeitos ao fundo que criam uma ótima textura sonora. O refrão é excelente.
Se me perguntassem o que aconteceria ao juntar "Tornado of Souls" com "Trust", responderia "Tears in a Vail". A letra fala do fim da banda de uma forma bem particular, os riffs são empolgantes acompanhados da bateria e do baixo trabalhados em tempos diversificados, com variações ao decorrer da música.
"I Know Jack", introdução para "Back in the Day", é uma mistura de Iron Maiden com Megadeth, ou seja, guitarras gêmeas acompanhadas da bateria e baixo Speed/Thrash e acentuadas pelos vocais de Mustaine. "Something I'm Not e Truth Be Told" compartilham caracteristicas mais modernas, seguindo a linha do mediano "The World Needs a Hero", porém com mais força e consistência. Vale ressaltar que Mustaine usa muito bem as influências New Metal em "Truth Be Told", com groove no refrão que depois abre espaço para uma parte bem veloz, com direito a pedal duplo do magnifico de Colaiuta.
Já "Of Mice and Man" também é uma faixa interessante, soando como uma versão mais suave de "Use the Man" (Cryptic Writings). "Shadow of Deth" é uma marcha muito interessante, com solos de Mustaine e letras bem sacadas. Na verdade, uma breve introdução para "My Kingdom", que encerra de "The System Has Failed" com os elementos que fizeram deste álbum um trabalho tão especial: letras excelentes e guitarras afiadas.


Após as vendas do novo álbum serem melhores de que o esperado, Mustaine anuncia uma turnê pelo mundo. Preferindo reformular a banda, ele chama o guitarrista Glen Drover e seu irmão Shawn Drover para a bateria. O baixista foi James MacDonough. Em 11 de outubro de 2005, a banda tocou no Brasil.
Em fevereiro de 2006, o então baixista MacDonough foi despedido por Mustaine. Boatos na internet sugeriram a volta de David Ellefson. Este havia processado Mustaine 2 anos antes, mas fizeram as pazes. Todos queriam a volta do baixista original, menos ele próprio. Foi chamado então, o baixista James LoMenzo ex-Black Label Society.
Ainda em 2006, a banda lançou o novo DVD intitulado "Arsenal of Megadeth" que foi muito bem vendido nos Estados Unidos. James LoMenzo foi o baixista do Megadeth entre 2006 e 2010.
Em março de 2007, a banda lançou um DVD intitulado "That One Night, Live in Argentina".

"United Abominations"
O álbum "United Abominations" saiu em maio de 2007 e apesar de ter despontado alguns fãs como o retorno da banda às suas raízes , destaco as canções "Sleepwalker" , "Washington Is Next!", "Black Swan" e a regravação da balada "À Tour Le Monde" (minha terceira música favorita).
Obviamente, em relação ao álbum "Risk", que simplesmente não soa como um disco do Megadeth, "United Abominations" pode ser tomado como um retorno ao estilo clássico da banda. Acontece que esse retorno já havia ocorrido nos dois álbuns lançados no intervalo entre "Risk" e "United Abominations". Inclusive, no último deles, "The System Has Failed", os elementos Thrash que caracterizam principalmente os quatro primeiros álbuns da banda já estavam lá, como se pode ouvir em "Kick the Chair" e "Blackmail the Universe".
A mudança de gravadora (é o primeiro trabalho da banda pela Roadrunner) e a estréia de um novo line-up inspiraram Dave Mustaine, que compôs um disco excelente e com um nível de qualidade muito superior a tudo o que vinha fazendo nos últimos anos.
O retorno a uma sonoridade mais clássica, repleta de elementos de Thrash Metal que andavam ausentes nos discos mais recentes, foi fundamental para o ótimo resultado final alcançado por Mustaine e companhia em “United Abominations”. O álbum transborda os riffs e solos característicos da banda e traz seu líder com um discurso sedento e raivoso a respeito da situação atual nos Estados Unidos.
Desde a abertura, com a carismática “Sleepwalker”, até o encerramento, com “Burnt Ice”, o Megadeth prova em “United Abominations” que ainda tem muito a acrescentar ao Heavy Metal. O trabalho de guitarras está magnífico, unindo peso e melodia de forma exemplar. Mustaine parece ter encontrado em Glen Drover um parceiro ideal, chegando a lembrar em certas passagens, os tempos saudosos em que Marty Friedman fazia parte da banda. O conjunto formada por James Lomenzo e Shawn Drover é  de um talento inegável e funciona como uma usina rítmica pulsante que sustenta essa nova cara do grupo.
Músicas como a já citada “Sleepwalker”, “Washington Is Next”, "Never Walk Alone”, “United Abominations”, “Gears Of War” , “Blessed Are The Dead” e “Amerikhastan” são destaques em um álbum muito linear e coeso, que dá ao ouvinte um enorme prazer ao ouví-lo.


A regravação da clássica “A Tout Le Monde”, presente originalmente em “Youthanasia” (1994), revitaliza e dá uma cara mais atual para uma das canções mais emblemáticas do grupo. A participação de Christina Scabbia (Lacuna Coil) em um dueto com Mustaine deu uma roupagem ainda mais dramática à faixa, fazendo com que a sua audição traga novas sensações ao ouvinte.
Após álbuns confusos, que apontavam para um futuro não muito promissor, “United Abominations” recoloca o Megadeth em seu devido lugar no cenário mundial. Os ataques de Mustaine às Nações Unidas renderam uma boa publicidade ao novo álbum de sua banda.
Além disso, Mustaine se tornou um cristão tão ferveroso que tem feito com que suas crenças religiosas tenham um impacto difícil de ser ignorado sobre sua carreira e sobre a imagem do próprio Megadeth. São passagens bíblicas que aparecem aqui e ali nas letras, constantes declarações em entrevistas sobre sua conversão, sua fé e mesmo considerações sobre a possibilidade de seguir a carreira de pastor de igreja, além da recusa em dividir o palco de festivais com bandas que tenham qualquer elemento anti-cristão ou anti-religião em suas temáticas. Isso causa, da mesma forma que as opiniões políticas de Mustaine, um desconforto nos fãs antigos que por acaso não vêem com bons olhos o cristianismo ou religiões em geral.
Religião e política são temas delicados. Bandas militantes são, em geral, voltadas para um público mais restrito, cuja identificação se dá para além do âmbito da música, girando também em torno de uma causa. Nunca foi o caso do Megadeth, uma banda que, apesar de sempre ter exposto o que pensa, nunca havia polarizado suas opiniões de forma tão explícita e radical anteriormente.

"Endgame"
No dia 14 de janeiro de 2008, Mustaine anunciou oficialmente a saída de Glen Drover. Glen preferia passar mais tempo com sua família, então foi despedido. O escolhido para substituir Glen foi o ex-guitarrista do Nevermore, Chris Broderick, que é o guitarrista atual da banda.
Com Broderick na guitarra, a banda lançou em 2009 o "Endgame", que até agora teve muito boa aceitação da mídia e do público, destaque para as musicas "Head Crusher" e "The Hardest Part of Letting Go… Sealed With a Kiss" .
Dave Mustaine disse que o álbum era "rápido, pesado, tem canto, tem grunhido, fala e vozes convidadas, e os solos são insanos".


Afirmo com veemência que "Endgame" é uma evolução direta de “United Abominations”. Com uma banda ainda mais entrosada, Mustaine entrega um disco mais pesado, mais violento, mais sombrio, com muito mais solos de guitarras.
Ao ouvir a introdução instrumental “Dialectic Chaos”, com um dedilhado de guitarra aplicado veloz e pesadamente, você já tem a nítida impressão de que o álbum será bombástico. E é o que realmente acontece, pois na sequência a banda encaixa “This Day We Fight!”, um Thrash corpulento com uma guitarra de estourar os tímpanos, puro peso em menos de quatro sufocantes minutos, para fazer aqueles que sempre disseram que Mustaine estava ficando velho e tinha perdido o feeling engolirem cada palavra. Quem ouviu “Head Crusher”, primeiro single de “Endgame”, já tinha sentido a pegada deste trabalho. Mas, apesar de muito boa, a canção está aquém do que se pode conferir no restante do álbum. Repare no solo monstruoso de duas guitarras em “1,320”, num dueto acertadinho entre Mustaine e Chris Broderick. Por sinal, o atual substituto de Glen Drover prova que a escolha foi perfeita para assumir as outras seis cordas da formação. Na bateria, o irmão de Glen, Shawn, mantém a qualidade usual em “44 minutes”, com uma contundente letra sobre a violência urbana.
Igualmente marcante é a letra da faixa-título, uma climática canção de ares épicos sobre um futuro apocalíptico. Notem que a história dos chips de controle está bem mais próxima do que se imagina. Para quem achava, depois do cheiro direitista de “United Abominations”, que Mustaine fechava os olhos para o que seu próprio governo apronta, tratar o presidente dos EUA como um ditador é prova de que ele também está olhos bem abertos.
Destaque ainda para a ótima “The Hardest Part of Letting Go... Sealed With a Kiss”. O título é genial e a música começa toda romântica; os thrashers mais radicais começam a surgir a partir daí e numa passada a música se transforma numa paulada de teor amargo.Também temos a "The Right To Go Insane" que fecha com categoria o álbum.

   

Lógico que as comparações são inevitáveis e a gente não tem que fingir que não existem. “Death Magnetic” lançado pelo Metallica é um álbum que eu sinceramente não consegui ouvir inteiro, tem apenas poucas músicas boas, porém provam que o Metallica está realmente se esforçando depois do fiasco de “St.Anger”. Mas se “United Abominations” já conseguia ser mais eficiente do que “Death Magnetic”, com “Endgame” a competição fica pra lá de injusta. A diferença é gritante.
No dia 8 de fevereiro de 2010, Mustaine anuncia a volta do baixista original David Ellefson, que integrara a banda desde seu início até 2002. Junto com a volta de Ellefson, Mustaine anuncia a realização de uma turnê de aniversário de 20 anos do "Rust In Peace". Inicialmente realizada apenas nos Estados Unidos, a turnê é estendida para a América do Sul.

"TH1RT3EN"
Com a volta do baixista original, o Megadeth lança em novembro de 2011 o álbum "TH1RT3EN".
Recebeu esse nome por ser o décimo terceiro álbum da banda e também por que Mustaine nasceu no dia 13. De acordo com ele: "Este disco é o culminar do meu trabalho ao longo dos treze registros que eu gravei. Há momentos em que captura toda minha emoção e outros onde eu estou liberando sentimentos que eu nunca soube que existia! Meus melhores momentos da minha carreira musical foram capturados em TH1RT3EN."
Destaque para as canções "Public Enemy No. 1" e "Sudden Death", a última composta para o jogo "Guitar Hero: Warriors of Rock". Treze dias depois do lançamento do álbum, a banda se apresentou no Brasil no festival de música SWU, sendo uma das maiores atrações.


A banda passou por alguns altos e baixos na carreira, e mesmo após um disco não tão bem recebido como “Risk”, conseguiu se reerguer, atingindo seu ápice no disco “Endgame” de 2009, que agora é sucedido por este excelente “TH1RT3EN”, mais um trabalho de destaque na carreira do conjunto.
E logo de cara percebemos que estamos diante de um disco menos direto que seus antecessores, com mais passagens trabalhadas e que demanda algumas audições mais apuradas para que se possa captar todas as suas qualidades.
Um dos destaques imediatos do novo lançamento é o grande entrosamento entre Mustaine e Chris Broderick nas guitarras, aliando riffs e solos com perfeição, fazendo lembrar os bons tempos em que Dave dividia as guitarras com Marty Friedman. Além disso, Shawn Drover evolui a cada lançamento, com uma pegada destruidora. Já David Ellefson é o baixista brilhante de sempre, e mostra mais uma vez o porque de ser considerado um dos melhores de todos os tempos do estilo.
“Sudden Death” abre o trabalho mostrando bastante peso e agressividade, como solos virtuosos e um riff base bem cadenciado. Tem um refrão mais traquilo, mas não perde o peso. A já conhecida “Public Enemy No.1”, o primeiro single do trabalho, mostra também a velha pegada clássica da banda, mesclando elementos de Thrash oitentista e Heavy Metal tradicional, com belos solos e um grande refrão.

“Whose Life (Is It Anyways?)” também é de grande destaque, bastante rápida e com riffs precisos e solos dobrados, no melhor estilo NWOBHM, além de um vocal distorcido de Mustaine.
Além destas, ainda merecem destaque: “We the People” com muito groove; “Never Dead” com uma introdução lenta e vai se tornando canção pesada; “Fast Lane” mais cadenciada, com Shawn quebrando tudo com seus pedais duplos precisos; “Millennium of the Blind” uma balada que tem um clima sombrio; “Deadly Nightshade” uma das melhores do disco, com riffs cavalgados e um refrão espetacular; e “13” uma música épica, repleta de variações, encerrando o disco com chave de ouro.
A produção do álbum, realizada por Johnny K, também ficou boa, mas nada comparado com as produções anteriores do mago Andy Sneap.

"Super Collider e Dystopia"
Super Collider foi lançado em 4 de junho de 2013 e vendeu 29,000 cópias na primeira semana, estreando na 6ª na Billboard. Porém, o número de vendas foi justificado pela morna recepção da crítica e do público. Super Collider não agradou aos fãs conservadores do Megadeth, destacando-se apenas faixas como "Kingmaker" e "Super Collider".
No dia 25 de Novembro de 2014, o baterista Shawn Drover anunciou sua saída da banda, alegando divergências musicais. Menos de três horas depois, o guitarrista Chris Broderick deixou a banda alegando as mesmas razões.
Após muitos rumores, no início de 2015, Chris Adler do Lamb of God foi confirmado como baterista do próximo álbum, porém não seguiria na banda. Logo após foi confirmado como novo guitarrista, o brasileiro Kiko Loureiro deu uma pausa em suas atividades no Angra para se dedicar totalmente ao Megadeth. No dia 22 de Janeiro de 2016 foi lançado Dystopia, 15° álbum da banda, já com a nova formação. Em Dystopia a banda continua fazendo o bom e velho Thrash Metal trabalhado e agressivo de sempre, com ótima técnica, mas priorizando bem mais o aspecto musical como um todo. É preciso dizer que o estilo de tocar de Kiko se encaixou bem no quarteto, tanto nas bases quanto nos solos e a pegada técnica de Chris Adler deu uma energia nova ao quarteto.

"Novo álbum e doença de Dave Mustaine"
Em 2019 a banda esta preparando o novo álbum, mas Dave Mustaine foi diagnosticado com câncer na garganta. A notícia foi dada pelo próprio na página oficial do Megadeth no Facebook e de acordo com o músico o tratamento fará com que “a maioria dos shows” do ano sejam cancelados, inclusive a participação do Rock In Rio e no festival Rockfest, em São Paulo.
Porém, o próprio Dave tranquilizou os fãs, dizendo que já está em tratamento e que as chances de cura são de 90%. Agora temos que aguardar que o tratamento dê resultado e que o Megadeth volte as atividades ainda melhor.

Considerações finais
Mesmo com as adversidades, a fase atual do Megadeth é das melhores de sua longa trajetória e Dytopia mostra uma banda revigorada, que tem tudo para seguir firme entre as maiores e melhores do Thrash Metal.

Por muito tempo Mustaine se ressentiu do sucesso comercial alcançado por sua ex-banda e tentou alcançar um sucesso equivalente. Nas suas próprias palavras, perdeu muito tempo com "o pé enfiado através do assoalho tentando alcançar quem quer que fosse que estivesse na minha frente". Nos últimos anos, entretanto, ocorreram grandes mudanças no mercado da música e já não é mais possível para uma banda de Metal almejar o sucesso que o Metallica alcançou no início dos anos 90.
Por outro lado, estilos que há uma década atrás estavam em baixa, como é o caso do Thrash Metal, voltaram a se tornar atrativos para uma nova geração, reconquistando (pelo menos em parte) sua popularidade. Veja-se o retorno à sonoridade Thrash por bandas que em algum momento decidiram se aventurar por outros caminhos, como foi o caso do Kreator e do próprio Megadeth.
O atual mercado da música, entretanto, é bastante segmentado, há espaço para os mais diversos estilos, porém o público para cada um deles é restrito.
Uma das maiores e mais importantes bandas da história do Heavy Metal mostra-se revigorada, inspirada e sedenta em conquistar uma nova geração de fãs. Tudo aponta para um futuro brilhante. À nós, meros fãs, só resta torcer para que se concretize.

Integrantes 
Dave Mustaine - Vocalista, guitarra (1983 - 2002, 2004 - atualmente)
David Ellefson - Baixo (1983 - 2002, 2010 - atualmente)
Chris Broderick - Guitarra (2008 - atualmente)
Shawn Drover - Bateria (2004 - atualmente)

Ex-integrantes
Guitarristas
Greg Handevidt - Segunda guitarra (1983-1984)
Kerry King - Segunda guitarra (Não foi de fato um guitarrista fixo no Megadeth, apenas realizou alguns shows) (1984)
Chris Poland - Segunda guitarra (1984-1987, 2004)
Mike Albert - Segunda Guitarra (1985)
Jay Reynolds - Segunda guitarra (1987)
Jeff Young - Segunda guitarra (1987-1988)
Marty Friedman - Segunda guitarra (1989-2000)
Al Pitrelli - Segunda guitarra (2000-2002)
Glen Drover - Segunda guitarra (2004- 2008)

Baixistas
James MacDonough (2004-2006)
James Lomenzo (2006 - 2010)

Bateristas
Dijon Carruthers (1983)
Lee Rausch (1983-1984)
Gar Samuelson (1984-1987)
Chuck Behler (1987-1988)
Nick Menza (1989-1998)
Jimmy DeGrasso (1998-2002)

Integrantes temporários
Chris Poland - Segunda guitarra (The System Has Failed)
Jimmy Sloas - Baixo (The System Has Failed)
Vinnie Colaiuta - Bateria (The System Has Failed)

Músicas
Killing Is My Business... and Business Is Good! (1985)
Side One
1. "Last Rites / Loved to Deth"
2. "Killing Is My Business... And Business Is Good!"
3. "The Skull Beneath the Skin"
4. "These Boots"

Side Two
1. "Rattlehead"
2. "Chosen Ones"
3. "Looking Down the Cross"
4. "Mechanix"

Peace Sells... but Who's Buying? (1986)
Side One
"Wake Up Dead"
"The Conjuring"
"Peace Sells"
"Devil's Island"

Side Two
"Good Mourning/Black Friday"
"Bad Omen"
"I Ain't Superstitious"
"My Last Words"

So Far, So Good... So What! (1988)
Side One
"Into the Lungs of Hell"
"Set the World Afire"
"Anarchy in the U.K."
"Mary Jane"

Side Two
"502"
"In My Darkest Hour"
"Liar"
"Hook in Mouth"

Rust in Peace (1990)
Side One
1. "Holy Wars... The Punishment Due"
2. "Hangar 18"
3. "Take No Prisoners"
4. "Five Magics"

Side Two
1. "Poison Was the Cure"
2. "Lucretia"
3. "Tornado of Souls"
4. "Dawn Patrol"
5. "Rust in Peace... Polaris"

Countdown to Extinction (1992)
Side One
1. "Skin o' My Teeth"
2. "Symphony of Destruction"
3. "Architecture of Aggression"
4. "Foreclosure of a Dream"
5. "Sweating Bullets"
6. "This Was My Life"

Side Two
1. "Countdown to Extinction"
2. "High Speed Dirt"
3. "Psychotron"
4. "Captive Honour"
5. "Ashes in Your Mouth"

Youthanasia (1994)
1. "Reckoning Day"
2. "Train of Consequences"
3. "Addicted to Chaos"
4. "À Tout le Monde"
5. "Elysian Fields"
6. "The Killing Road"
7. "Blood of Heroes"
8. "Family Tree"
9. "Youthanasia"
10. "I Thought I Knew It All"
11. "Black Curtains"
12. "Victory"

Cryptic Writings (1997)
1. "Trust"
2. "Almost Honest"
3. "Use the Man"
4. "Mastermind"
5. "The Disintegrators"
6. "I'll Get Even"
7. "Sin"
8. "A Secret Place"
9. "Have Cool, Will Travel"
10. "She-Wolf"
11. "Vortex"
12. "FFF"

Risk (1999)
1. "Insomnia"
2. "Prince of Darkness"
3. "Enter the Arena"
4. "Crush 'Em"
5. "Breadline"
6. "The Doctor Is Calling"
7. "I'll Be There"
8. "Wanderlust"
9. "Ecstasy"
10. "Seven"
11. "Time: The Begining"
12. "Time: The End"

The World Needs a Hero (2001)
1. "Disconnect"
2. "The World Needs a Hero"
3. "Moto Psycho"
4. "1000 Times Goodbye"
5. "Burning Bridges"
6. "Promises"
7. "Recipe for Hate... Warhorse"
8. "Losing My Senses"
9. "Dread and the Fugitive Mind"
10. "Silent Scorn"
11. "Return to Hangar"
12. "When"

The System Has Failed (2004)
1. "Blackmail the Universe"
2. "Die Dead Enough"
3. "Kick the Chair"
4. "The Scorpion"
5. "Tears in a Vial"
6. "I Know Jack"
7. "Back in the Day"
8. "Something That I'm Not"
9. "Truth Be Told"
10. "Of Mice and Men"
11. "Shadow of Death"
12. "My Kingdom"
13. "Strange Ways" (faixa bônus do BestBuy)

United Abominations (2007)
Side A
"Sleepwalker"
"Washington Is Next!
"Never Walk Alone... a Call to Arms"
"United Abominations"
"Gears of War"

Side B
"Blessed Are the Dead"
"Play for Blood"
"À Tout le Monde (Set Me Free)"
"Amerikhastan"
"You're Dead"
"Burnt Ice"

Endgame (2009)
Side One
1. "Dialectic Chaos"
2. "This Day We Fight!"
3. "44 Minutes"
4. "1,320"
5. "Bite the Hand"
6. "Bodies"

Side Two
1. "Endgame"
2. "The Hardest Part of Letting Go… Sealed With a Kiss"
4. "How the Story Ends"
5. "The Right to Go Insane"

TH1RT3EN (2011)
1. "Sudden Death"
2. "Public Enemy No. 1"
3. "Whose Life (Is It Anyways?)"
4. "We The People"
5. "Guns, Drugs & Money"
6. "Never Dead"
7. "New World Order"
8. "Fast Lane"
9. "Black Swan"
10. "Wrecker"
11. "Millennium Of The Blind"
12. "Deadly Nightshade"
13. "13"

Super Collider (2013)
1. "Kingmaker"
2. "Super Collider"
3. "Burn!"
4. "Built for War"
5. "Off the Edge"
6. "Dance in the Rain"
7. "Beginning of Sorrow"
8. "The Blackest Crow"
9. "Forget to Remember"
10. "Don't Turn Your Back..."
11. "Cold Sweat" (cover de Thin Lizzy)

Dystopia (2016)
1. "The Threat Is Real"
2. "Dystopia"
3. "Fatal Illusion"
4. "Death from Within"
5. "Bullet to the Brain"
6. "Post American World"
7. "Poisonous Shadows"
8. "Conquer or Die!" (Instrumental)
9. "Lying in State"
10. "The Emperor"
11. "Foreign Policy" (cover de Fear)

Fotos dos vinis
1985 Killing Is My Business... and Business Is Good!
Capa (frente), vinil (Side A) e encarte.
Fotos: Diego Kloss. Assistência: Priscilla Kloss. 
1985 Killing Is My Business... and Business Is Good!
Capa (verso), vinil (Side B) e encarte. 

1986 Peace Sells... but Who's Buying? (Importado)
Capa (frente), vinil (Side A) e encarte.
1986 Peace Sells... but Who's Buying? (Importado)
Capa (verso), vinil (Side B) e encarte.

1986 So Far, So Good... So What!
Capa (frente) e vinil (Side A).
1986 So Far, So Good... So What!
Capa (verso) e vinil Side B).

1990 Rust in Peace
Capa (frente), vinil (Side A) e encarte.
1990 Rust in Peace
Capa (verso), vinil (Side B) e encarte.

1992 Countdown to Extinction
Capa (frente), vinil (Side A) e encarte.
1992 Countdown to Extinction
Capa (verso), vinil (Side B) e encarte.

1994 Youthanasia (Importado)
Capa (frente), blue vinil (Side A) e encarte.
1994 Youthanasia (Importado)
Capa (verso), blue vinil (Side B) e encarte

1997 Cryptic Writings (Importado)
Capa (frente), vinil (Side A) e encarte.
1997 Cryptic Writings (Importado)
Capa (verso), vinil (Side B) e encarte.
1997 Cryptic Writings (Importado)
Detalhe do vinil (Side A).
1997 Cryptic Writings (Importado)
Detalhe do vinil (Side B).

2001 The World Needs a Hero (Importado)
Capa (frente) e vinil (Side A).
2001 The World Needs a Hero (Importado)
Capa (verso) e vinil (Side B).
2001 The World Needs a Hero (Importado)
Detalhe do vinil (Side A).

discografia-megadeth-vinil-resenha
2007 United Abominations (Importado)
Capa (frente), vinil 120gram (Side A) e encarte 1.
2007 United Abominations (Importado)
Capa (verso), vinil 120gram (Side B) e encarte 1.
2007 United Abominations (Importado)
Detalhe vinil 120gram (Side B).
2007 United Abominations (Importado)
Capa aberta(frente)
2007 United Abominations (Importado)
Capa aberta(verso). Observem a banda observando a cena caótica quase
no centro da ilustração.
2007 United Abominations (Importado)
Encarte 1 e Encarte 2 (frente).

2007 United Abominations (Importado)
Encarte 1 e Encarte 2 (verso) e flyer do show de 2008 em Curtiba.

discografia-megadeth-vinil-resenha
2009 Endgame (Importado)
Capa (frente), vinil 120gram (Side A) e encarte.
2009 Endgame (Importado)
Capa (verso), vinil 120gram (Side B) e encarte.
2009 Endgame (Importado)
Detalhe do vinil 120gram (Side A).
2009 Endgame (Importado)
Detalhe do vinil (Side B).
2009 Endgame (Importado)
Capa aberta (frente).
2009 Endgame (Importado)
Capa aberta (verso).
2011 Th1rt3n (Importado)
Capa (frente), vinil (Side A)
A011 Th1rt3n (Importado)
Capa (verso), vinil (Side C)
2011 Th1rt3n (Importado) Capa aberta
discografia-megadeth-vinil-resenha
2013 Super Collider (Importado)
Capa (frente), vinil (Side A) e compacto (Side A)
2013 Super Collider (Importado)
Capa (verso), vinil (Side B) e compacto (Side B)
2013 Super Collider (Importado)
Capa aberta
2013 Super Collider (Importado)
Encarte (frente)
2013 Super Collider (Importado)
Encarte (verso)
discografia-megadeth-vinil-resenha
2016 Dystopia (Importado)
Capa (frente), vinil (Side A) e encarte (frente)
2016 Dystopia (Importado) Capa (verso), vinil (Side B) e encarte (verso)

Informações baseadas em vários resenhas e artigos da internet.
Fotos de alguns vinis retiradas do site: http://www.themegadethvinylarchives.com

As fotos, capas, álbuns, vídeos e músicas são todos de direitos reservados ao Megadeth, às gravadoras e aos fotógrafos que as produziram. O De Volta Para o Vinil utiliza dessas, apenas para divulgação do álbum ou do artista abordado na resenha.